O legado da campanha vitoriosa em prol da menina santa-cruzense Júlia Cardoso Torres, que após uma grande mobilização da comunidade conseguiu o tratamento para atrofia muscular espinhal (AME) de tipo 1, continua dando resultados. No ano passado, a pequena Juju, como ficou conhecida, foi sorteada para receber a medicação contra a rara doença. Do esforço para conseguir os recursos nasceram as Formiguinhas da Juju, nome dado ao grupo de voluntárias que trabalhou nas campanhas de arrecadação. Com o remédio garantido, o grupo passou a utilizar recursos arrecadados para ajudar mais pessoas. Desde então, dezenas de boas ações foram realizadas para tratamentos médicos a partir da campanha AME Juju.
Para ajudar ainda mais gente, as formiguinhas da Juju viraram Formiguinhas Solidárias. Nesse sábado, 3, 600 pessoas tiveram o almoço garantido com um sopão feito através de doações e muita solidariedade. A professora Zoraia Pereira é uma das coordenadoras das Formiguinhas Solidárias. Ela participou da campanha em prol da pequena Júlia Cardoso e esteve no CTG Rincão da Alegria nesse fim de semana, para ajudar no trabalho que envolveu mais de 40 pessoas, na cozinha onde as refeições foram preparadas. Ela comemora o fato de que a ação em prol da Juju acabou se tornando algo ainda maior.
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“Agora, todos os meses, queremos fazer essa ação. Então, vamos fazer um sopão e servir 600 marmitas. A previsão era de 400, mas já aumentou. É tudo baseado em doações da comunidade; e tudo que recebemos, estamos levando para os bairros. Hoje (sábado) vamos para a Rua das Carrocinhas, no Beckenkamp, e depois vamos atrás do Hospitalzinho, no Bairro Santa Vitória, onde tem uma região que também precisa muito. Estamos deixando tudo pronto para outro sopão e vamos para outro lado da cidade, o Bairro Navegantes, que precisa também”, revelou.
Quem também esteve ajudan-do como voluntário foi o assessor de projetos educacionais da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Andrei Marcel Mendes Barboza, de 28 anos. Integrante do Movimento Tradicionalista, ele destacou que os CTGs tiveram suas rotinas modificadas com a pandemia, e auxiliar os mais necessitados é uma ação que o tradicionalismo sempre pregou. Para Andrei, o sentimento é misto: de felicidade, por poder ajudar, mas também de tristeza por ver pessoas em necessidade. “A parte da doação não é exatamente uma coisa feliz. É gratificante, mas não é só a parte bonita. Dá para ver a alegria das pessoas em receber o alimento, mas é algo muito mais pesado. Porém, eu confio nas pessoas, sei que ainda existem mais pessoas boas do que ruins no mundo”, comentou Andrei, que já trabalhou com crianças em situação de vulnerabilidade em Sinimbu e Santa Cruz.
Do esforço de Zoraia, Andrei e dezenas de outros santa-cruzenses, 600 pessoas receberam sua alimentação na tarde do sábado. “Estamos muito contentes com a ação. O ano de 2020 serviu para atuarmos fortemente pela vida da Juju, e 2021 é o ano de agradecer as dádivas recebidas. Não poderíamos fazer isso sem que fosse levando um pouco de dignidade às pessoas”, disse Zoraia.
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Quem quiser acompanhar o trabalho do grupo, bem como auxiliar nas doações, pode acessar a página das Formiguinhas Solidárias no Facebook, com o nome Ame Juju RS.
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