Uma força-tarefa efetuou a apreensão de quatro cavalos na área da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Pindorama, da Corsan, na manhã da última quarta-feira, 19. A medida foi adotada em virtude de inquérito instaurado pelo Ministério Público, a partir de denúncia de maus-tratos aos animais recebida em junho deste ano.
A área privada, de aproximadamente 70 hectares, vem sendo invadida sistematicamente por tutores que deixam os cavalos no local. Estima-se que aproximadamente 42 equinos estejam na ETE, muitos dos quais em condições nutricionais ruins.
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Conforme o gestor da unidade da Corsan de Santa Cruz do Sul, Bruno Barreto, o cercamento do local, em atendimento a determinações do Ministério Público, não tem sido suficiente para impedir as frequentes invasões. De acordo com o gestor, periodicamente o gradil é rompido.
Ele destaca que o espaço é impróprio por se tratar de área alagadiça e apresenta risco à saúde dos equinos, que muitas vezes bebem a água do esgoto dos taludes. De acordo com Barreto, a Corsan seguirá reforçando o cercamento da ETE e aumentará os investimentos no monitoramento dela. Além disso, salienta que qualquer animal que for deixado na área da Corsan, incluindo bovinos e bubalinos, também estará sujeito à apreensão.
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Os animais apreendidos foram conduzidos a uma área isolada providenciada pelo Município para quarentena e coleta de material biológico para realização de exames de mormo e anemia infecciosa equina (AIE). Eles permanecerão isolados até a publicação do resultado dos mesmos, para posterior vacinação contra a Influenza equina, e a identificação dos tutores.
Conforme a médica veterinária Aline Correa da Silva, fiscal estadual agropecuária da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Cruz do Sul, a ETE é considerada inadequada para a criação de animais. “Como o objetivo é que não reste mais nenhum equino lá, serão feitas novas operações para resgate dos demais”, revelou.
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Aline frisa ainda que, caso os tutores não busquem os animais e o Município e as ONGs parceiras não tenham condições para abrigá-los, os equinos apreendidos podem até ser encaminhados para abate sanitário, conforme lei estadual 13.467, de 2010. “Estamos tentando evitar ao máximo essa alternativa, por isso é importante que os donos resgatem seus cavalos”.
A ação, determinada por despacho do promotor Érico Fernando Barin, contou também com a participação da Polícia Civil; Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade; Guarda Municipal; e Secretaria de Relações Institucionais e Esportes. Os responsáveis pelos equinos que foram apreendidos devem comparecer à Inspetoria Veterinária, localizada na Avenida João Pessoa, 199, para regularização cadastral. Após este procedimento, serão encaminhados para o resgate dos animais.
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