Foragido da Justiça por tentativa de feminicídio após atirar com uma espingarda contra a ex-mulher no último dia 15 de julho, em Venâncio Aires, um homem de 54 anos aguarda julgamento de um habeas corpus para se apresentar à Polícia Civil. Conforme o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, o pedido da ação judicial partiu do advogado do suspeito, que teve a prisão preventiva decretada dois dias após o crime, em 17 de julho.
Desde então, a Polícia Civil vem realizando diligências na busca do ex-companheiro da vítima, que tem 51 anos. “Informações anônimas chegaram aos nossos agentes, no entanto, até o momento, não foi possível localizá-lo. Seguimos na busca”, disse Assunção. No dia 21, a polícia encontrou em um galpão, próximo da residência de um parente do suspeito, a espingarda utilizada na tentativa de feminicídio. A arma de caça marca Rossi, calibre 36, cano simples, está registrada no nome do ex-companheiro da vítima e foi encaminhada para ser periciada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).
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O caso aconteceu na noite de 15 de julho, por volta das 19h30, na localidade de Linha Arroio Grande. O casal, que viveu junto por 30 anos, separou-se há cerca de quatro meses. Na ocasião, o homem foi morar com os pais no interior. No dia do crime, a vítima levou o filho dos dois, de 31 anos, à casa dos avós paternos, ainda pela manhã. Foi ao buscar o rapaz, já à noite, que houve a tentativa de feminicídio.
“Ao se aproximar da propriedade, a mulher percebeu que o ex-marido estava aguardando. Quando ela chegou mais perto, ele tentou abrir a porta do carona e, de posse de uma arma longa, chegou a apontar para o rosto da vítima”, contou o delegado. Ela conseguiu se desvencilhar e arrancar com o carro, um Renault Kwid, com placas de Venâncio Aires. Em seguida, o homem mirou em direção ao veículo e disparou.
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O tiro quebrou o vidro traseiro e atingiu o ombro da vítima. Ela procurou refúgio na casa de familiares, que a levaram para atendimento no hospital. Após ser medicada, a mulher recebeu alta e registrou o fato na delegacia. “Seguramente, trata-se de um crime passional. O homem não aceitava o fim do relacionamento”, salientou Assunção. A Polícia Civil não divulgou o nome do suspeito.
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