Ao contrário de anos recentes, o Internacional terá um calendário bem folgado na arrancada de 2016. Fora da Copa Libertadores e classificado às oitavas de final da Copa do Brasil, o clube terá somente Campeonato Gaúcho e a eventual edição da Primeira Liga (Copa Sul-Minas-Rio) para se preocupar. O baixo número de partidas é visto com bons olhos.
Na comparação com 2015, a diferença salta aos olhos. Até a primeira rodada do Brasileirão, onde perdeu para o Atlético-PR por 3 a 0, o Colorado entrou em campo 29 vezes (soma de Gauchão e Libertadores). Em 2016, se chegar à final do estadual e da Primeira Liga, o Inter terá disputado 23 partidas antes de estrear no Campeonato Brasileiro. Uma diferença de 20% em relação ao ano anterior.
Passada a frustração por ter ficado fora do G-4, e consequentemente fora da Libertadores, o Inter comemora os números. É que para direção e comissão técnica, a agenda com mais espaços significa duas possibilidades. “Não lembro de outro ano com tão poucos títulos a serem disputados pelo Inter como este que vamos entrar. Mas tem o lado bom, vai nos dar tempo. Até maio, o nosso objetivo é conquistar o hexa no Gauchão e depois vamos com tudo no Campeonato Brasileiro. Nós temos um compromisso com a nossa torcida de brigar pelo título nacional”, disse Vitorio Piffero, presidente do Inter.
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A primeira é técnica. Com menos jogos, Argel terá tempo de treinar mais. Testar mais. Definir com calma a formação considerada ideal. A segunda é estratégica. Sem uma competição de peso no primeiro semestre, o clube poderá entrar no Brasileirão com força máxima.
Em 2015, vivo na disputa pela Libertadores, o Internacional usou time reserva ou misto até a 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois do empate com a Ponte Preta, 0 a 0 em Campinas, o time focou só na competição nacional. Ou seja, em 40% da disputada a atenção estava em outro lugar.
Em 2016, 16 jogos já estão garantidos. Trezes deles na fase classificatória do Campeonato Gaúcho e outros três por conta do grupo B da Primeira Liga. Se chegar à final das duas competições, o Colorado aumentará o número de partidas para 23.
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Sem conquistar um título nacional desde 1992, quando venceu o Fluminense na final da Copa do Brasil, o Internacional convive com um jejum ainda maior: a última taça do Campeonato Brasileiro foi obtida em 1979. Em 2005, 2006 e 2009 o clube ficou com o vice-campeonato. Em 2016, por falta de outras competições, o calendário é visto como aliado para quebrar o tabu.
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