Em casa, após mais de 12 horas hospitalizada, Maria*, de 58 anos, conta ainda sentir muitas dores. Além das fraturas, diversas partes do corpo estão feridas. “A minha boca está toda machucada por dentro. Dói tudo”. Por vezes, quando fala sobre o assalto, não contém as lágrimas. A mulher, que costuma sair pouco, pois cuida da mãe, já idosa, na noite de domingo pretendia visitar a filha no hospital. No trajeto, foi atacada por um assaltante.
No Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul, foi agredida ao tentar impedir que o ladrão roubasse sua bolsa. O resultado foi um braço e o nariz quebrados, além do trauma de ser vítima da violência. “Ela está muito nervosa. Se acalma e daqui a pouco chora de novo. A gente nunca imagina passar por uma coisa dessas. Dá um pavor na gente. Uma sensação de que não pode fazer nada”, relata uma das familiares.
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Maria conta que no momento em que reagiu ao roubo não pensou que poderia ser agredida. “Foi muito triste. Mas podia ter sido pior. Se ele tivesse uma faca ou uma arma”. O criminoso estava sentado em uma parada de ônibus. Sem desconfiar e com pressa para chegar ao hospital, a mulher pediu a ele informações sobre o horário em que passaria o transporte. Acabou sendo assaltada e empurrada ao chão pelo mesmo homem, que foi preso logo depois com o auxílio de populares. “Nunca pensei que alguém faria isso comigo”.
*O nome usado é fictício para preservar a vítima.
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