Aos prantos, seu Adelmo dos Santos desabou ao chão. Não podia acreditar no que havia visto no minuto anterior. Em uma cova rasa, escavada em uma área de mata do Loteamento Santa Maria, no Bairro Dona Carlota, em Santa Cruz do Sul, estava o filho dele, Cleison dos Santos, morto. Sem roupa, degolado, com vários cortes de facão pelo rosto e nas costas, o jovem de 21 anos estava parcialmente enterrado.
“Era um guri que gostava de passear, querido por todos, não fazia mal pra ninguém. Foi maldade o que fizeram com ele”, desabafou o pai, de 43 anos, morador de Linha Boa Esperança, Vale do Sol, onde trabalha como safreiro. Ele foi avisado pela irmã sobre o desaparecimento do filho. Cleison havia sumido na noite da última sexta-feira, 11.
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Segundo familiares que moravam com o jovem no Residencial Viver Bem, o último paradeiro dele, na noite de sexta, teria sido a casa de uma possível namorada, no Loteamento Santa Maria. Ainda na noite de segunda-feira, 14, os agente da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), responsáveis pela investigação do que até então era considerado um desaparecimento, foram até o local e realizaram uma perícia.
No entanto, o cadáver só seria encontrado no início da tarde dessa terça-feira, 15, por volta das 13h30, por moradores das redondezas. O pai reconheceu o corpo do filho. “Já vi pelo cabelo que era ele”. Guarnições da Brigada Militar e da Guarda Municipal acompanharam o trabalho dos técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O delegado Alessander Zucuni Garcia e uma equipe de policiais civis também foram até a cena do crime. “É uma situação característica de ocultação de cadáver. Até houve uma certa dificuldade e tivemos o auxílio de alguns moradores para retirar o corpo do local. Há marcas indicativas de que a vítima havia sido golpeada por arma branca. Tínhamos investigações em andamento e vamos aprofundar ainda mais para esclarecer totalmente esse homicídio”, comentou o responsável pela 2ª DP.
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Ainda de acordo com Garcia, existe a suspeita de que o crime tenha sido passional, e que mais de uma pessoa tenha participado do homicídio do jovem Cleison dos Santos.
Enquanto o caixão da Funerária Halmenschlager levava o corpo de Cleison dos Santos da mata onde foi enterrado, a cerca de quatro quilômetros dali, na Rua Guarda de Deus, no Bairro Santuário, um homem foi baleado. A equipe da 2ª Delegacia de Polícia foi imediatamente para o local e descobriu que os disparos poderiam estar relacionados com o corpo encontrado mais cedo, no Loteamento Santa Maria.
Alex Fabiano Ramos Corrêa, de 48 anos, que possuía um ferro-velho no local, levou três tiros na cabeça. Segundo testemunhas, uma dupla teria chegado em um carro e chamado por ele. Ao chegar na frente da residência, Alex foi alvejado. Ele chegou a ser levado para atendimento no Hospital Santa Cruz, mas não resistiu.
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Os investigadores coletaram as primeiras evidências na cena do crime, junto a policiais militares da Agência de Inteligência do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP). Descobriu-se que o homem baleado era o pai da suposta namorada de Cleison dos Santos. Alex Fabiano tinha antecedentes policiais por furto qualificado, receptação, dano, ameaça e lesão corporal.
O delegado Alessander Zucuni Garcia comentou que não está descartada a ligação entre esse crime e o assassinato do jovem de 21 anos. “Há uma possibilidade de ser uma represália em relação ao outro fato. Isso é algo que vamos averiguar durante a investigação”, salientou o delegado.
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