A estiagem que castiga o Rio Grande do Sul apresentou um dos seus efeitos mais cruéis na região Centro-Serra – incêndio em vegetação. Em um dos casos mais graves, o fogo na localidade de Serraria Scheidt, interior de Cerro Branco, que faz divisa com Lagoa Bonita do Sul, consumiu ao longo de três dias 6 hectares de mata nativa.
Segundo populares que moram perto do local onde houve o foco do incêndio, o fogo começou na última quinta-feira, 12, em uma área de difícil acesso. O causador teria sido um fio de alta tensão que, por causa do vento, bateu nas árvores e soltou faíscas.
Para conter as chamas, os bombeiros militares de Cachoeira do Sul foram acionados. Eles contaram com o apoio de populares e da Secretaria de Obras de Cerro Branco. “Era uma área de difícil acesso, um desfiladeiro. Só há mata nativa naquela região. Felizmente nenhuma família foi atingida, ninguém ficou ferido”, comentou o secretário de Obras Rui Aldo Scheffel.
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“A união faz a força. Contamos com uma mobilização muito grande por parte da comunidade. Grupos de trilheiros da cidade estiveram conosco no combate às chamas. Ajudamos como foi possível, seja levando água, recarregando os tanques, levando suprimentos e emprestando maquinários”, disse Scheffel sobre a atuação da pasta junto aos bombeiros.
Esse trabalho em conjunto foi fundamental para controlar as chamas. Conforme o tenente do Corpo de Bombeiros de Cachoeira do Sul, Jairo Machado de Oliveira, desde a sexta-feira órgãos como a Defesa Civil de Santa Maria e de Cachoeira também estiveram mobilizados na ação contra o incêndio. “Nós temos uma guarnição pequena, sozinhos não daríamos conta. Foi fundamental esta união. Acredito que estiveram envolvidos mais de 20 homens.”
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O tenente explicou que foram usadas bombas costais e abafadores para conter o fogo. Além disso, segundo Oliveira, houve a utilização de mais de 2 mil litros de água contra o incêndio, que foi controlado por volta das 19 horas de sábado. No domingo, foi feita uma visita ao local para certificar que não havia ficado nenhuma possível fagulha.
“Não façam queimadas. Se adotarem essa prática, tenham a garantia de ser um lugar seguro. Cuidado com o vento. Não joguem bitucas de cigarro nas margens das rodovias. Neste momento, qualquer ponto quente pode desencadear um incêndio”, orientou Oliveira.
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Passa Sete
Em Carijo do Buraco, no interior de Passa Sete, outro incêndio atinge um morro há cerca de uma semana. O início das chamas foi no dia 6. Por conta da declividade do terreno, os bombeiros não conseguiram chegar ao local. Valdemar de Moraes, morador na localidade, relatou que o fogo tem caído de intensidade no decorrer dos dias e torce pela chuva para que apague. O Corpo de Bombeiros de Sobradinho solicitou auxílio de um helicóptero da corporação, mas ainda não foi atendido.
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