Inspirado pelos jardins de Gramado, na Serra Gaúcha, o comerciante aposentado Elstor Beckenkamp, de 82 anos, passa seus dias no Bairro Goiás, em Santa Cruz do Sul, cuidando da coleção de amores-perfeitos. A flor, que empresta sua cor vibrante ao frio cinza do inverno, deixa a vida do aposentado mais colorida. Semeando e plantando há 51 anos, ele já viu brotar milhares de vezes a flor que traz só lembrança boa na vida dele.
O ano era 1969, na época em que o homem pisou na Lua, quando Beckenkamp mexeu na terra pela primeira vez e semeou o suficiente para fazer mil mudas de amor-perfeito. “Todo mundo achou lindo, porque o jardim da casa ficou todo florido”, recorda. De lá para cá já se passaram 51 outonos em que ele planta, em média, 200 amores-perfeitos em floreiras e canteiros nos pátios da casa.
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Comerciante conhecido do Centro de Santa Cruz, ao se aposentar ele trocou o balcão da tradicional Farmácia Cruzeiro pelos canteiros de casa. Além de plantar amor-perfeito, ensina que florir faz bem ao coração. A falecida esposa, Noemira, apreciava muito o plantio de flores, atividade que desde sempre ele não delega a ninguém. “Gosto de flores e de música. As clássicas e instrumentais são as minhas favoritas. Isso tudo faz muito bem para a gente.”
O amor-perfeito é a flor do inverno. Plantada entre o fim de abril e o início de maio, desenvolve-se e gosta do frio, e floresce até o fim de outubro. No auge da primavera, cede espaço para petúnias e onze-horas, as substitutas no jardim de Beckenkamp. “Hoje em dia, compro a muda pronta. Em média, são 200. Algumas não resistem, outras são furtadas. Aí, às vezes é preciso repor”, frisa.
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REPENSAR A VIDA A PARTIR DAS FLORES
Seu Elstor Beckenkamp não sabe explicar a paixão pelas flores. No caso dele, a ação de promover a natureza no pequeno espaço dos pátios da casa é uma contribuição para um mundo melhor. Ao todo, ele cuida de oito floreiras e seis canteiros desenhados ao redor da casa mista. “Eu prefiro o amor-perfeito amarelo, que tem a parte interna marrom. Ele parece maior, parece mais bonito do que os outros”, sentencia.
O aposentado se realiza plantando o amor-perfeito e cuidando dos canteiros da casa. Um pé de azaleia e dois manacás-da-serra completam o elenco florido. Nativo, o manacá é também conhecido como “quaresmeira”, pois floresce no tempo da Quaresma e é a árvore-símbolo da mata atlântica brasileira. “Eu gosto muito de cultivar flores; isso me satisfaz. É uma atividade que nem todo mundo gosta de fazer, mas quase todos apreciam o resultado”, destaca o aposentado.
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