Florestas e índios

O presidente do Brasil falou nessa terça-feira, 21, na ONU respondendo a uma campanha antibrasileira, que tem focado em desmatamento e genocídio indígena. Foi curto, conciso, denso, objetivo e claro. Deu uma boa invertida nas falsidades, em geral difundidas na Europa e Estados Unidos, por agentes dos inconformados que ficaram sem as oportunidades de parasitar no dinheiro público.

Da tribuna da ONU, o presidente explicou que mantemos dois terços da vegetação dos tempos de Cabral e 84% da floresta amazônica. Poderia comparar Brasil e Europa antes de Cabral e agora. Mil anos atrás, o território hoje brasileiro detinha uns 10% das florestas do mundo e a Europa Ocidental, cerca de 7%. Pois hoje, segundo dados da Embrapa Territorial, a Europa tem meros 0,1% das florestas do planeta e o Brasil quase 30%. Não que não tivéssemos desmatado, mas o restante do mundo desmatou bem mais que nós. A Europa tem a aprender com o Brasil e sua história não lhe permite nos dar lições.

Quanto aos índios, o presidente afirmou que temos reservas de 110 milhões de hectares, quase 14% do território nacional e bem mais que os 8% do solo ocupado com agricultura. Calcula-se em 1 milhão de brasileiros de etnias nativas. Já os americanos, para 3,5 milhões de indígenas, reservaram apenas 3% de seu território – boa parte em deserto. E seria maldade se o presidente comparasse o General Custer com o Marechal Rondon. Por aqui, a história é de integração e miscigenação étnica. É bom lembrar que a Polícia Federal derrubou uma a uma as falsas denúncias de assassinatos de índios, que políticos e artistas alardearam.

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Para mostrar a realidade, o vice-presidente Mourão já fez duas viagens à Amazônia, levando 20 embaixadores, a maioria de países europeus. As narrativas de ONGs cheias de dinheiro, de certas lideranças religiosas, que encontram eco na militância midiática, querem, no fundo, enfraquecer a soberania nacional sobre a Amazônia, onde estão 94 milhões de hectares de terras indígenas e uma riqueza mineral e biológica gigantesca. O discurso na ONU, como anunciado nas primeiras linhas, foi diferente do que tem sido divulgado na mídia e reafirmou nossos compromissos com o meio ambiente no agro, na indústria, na produção de energia, no turismo e no saneamento – e a vontade de defender e preservar o que é de nossa responsabilidade.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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