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MEMÓRIA

Flor trazida por Dona Leopoldina foi destaque na Gruta e sugerida como símbolo de Santa Cruz

Reportagem da Gazeta do Sul pedia apoio da população para criar um jardim florido no Parque da Gruta | Foto: Rafaelly Machado/Reprodução

No final da década de 60 e início dos anos 70, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) promoveram importantes melhorias no Parque da Gruta, ainda conhecido como Gruta dos Índios. Um dos objetivos era transformar a área em um grande jardim florido.

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Na edição de 25 de abril de 1970, a Gazeta do Sul fez um chamado à população para que doasse mudas de flores para arborizar o local. Eram solicitadas balsaminas, trepadeiras coloridas, costelas de Adão, cactus, samambaias, hortênsias e outras. As entregas deveriam ser feitas a Frederico Kernbeis, coordenador dos serviços nas praças e jardins da cidade e responsável pelo ajardinamento do Parque Turístico da Gruta dos Índios.

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O assunto foi discutido com pessoas da comunidade. Elas propuseram que a balsamina, também conhecida por beijo-de-frade e não-me-toques, fosse a flor principal do jardim, assim como ocorria com a hortênsia em Gramado e Canela. A planta veio ao Brasil pelas mãos da imperatriz Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro I. Ela era natural da Áustria e foi incentivadora da imigração alemã ao Rio Grande do Sul em 1824. 

A flor preferida da imperatriz Dona Leopoldina foi escolhida para colorir a Gruta

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O debate foi ampliado e houve quem sugerisse que a balsamina fosse indicada como flor-símbolo de Santa Cruz, com o plantio em outros pontos da cidade. Além do embelezamento dos jardins e ruas, seria um forma de mostrar a simpatia do povo de descendência germânica à imperatriz. A planta é de rápida propagação, atinge de 25 a 70 centímetros de altura e tem flores de cor rosa, violeta, roxa, vermelha, laranja ou branca.

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Junto com flores e folhagens, ainda foi solicitado que a população doasse mudas de árvores. A preferência era para figueira, flamboayant, palmeira, ipê, carvalho, pau-brasil, seringueira, ingazeiro, pinheiro e outras de grande porte. 

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