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Flávio Bolsonaro volta a acionar STF para parar investigações

Foto: Agência Brasil

Denúncia envolve o então deputado e atual senador Flávio Bolsonaro

Após a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que mirou o senador Flávio Bolsonaro, a defesa do parlamentar entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, que tramita sob sigilo, está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes. Como o pedido foi feito ainda na noite de quarta, o processo pode ser analisado, mesmo com o início do recesso do STF — a última reunião foi na quinta.

Nesta quinta-feira, 19, Mendes decidiu pedir “com urgência” informações ao Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro e o Tribunal de Justiça fluminense sobre as investigações.

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Na quarta-feira, 24 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a Flávio, a seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e a familiares de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. A investigação mira suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, quando ele era deputado estadual.

O relatório do MP que embasou a operação de quarta aponta que o agora senador teria lavado R$ 2,5 milhões do esquema por meio da compra de apartamentos em Copacabana, no Rio, e com a movimentação de uma loja de chocolates da qual é sócio. Segundo os investigadores, R$ 1,7 milhão em espécie foi depositado nas contas do comércio entre 2015 e 2018, “de forma variada” e “sem guardar proporção com o faturamento da loja proveniente de outros meios de pagamento”.

Nesta quinta, 19, Flávio Bolsonaro divulgou um vídeo no qual reage às investigações. Ele declarou não ter visto irregularidade nos negócios que realizou na loja e com a venda de imóveis. Segundo o senador, trechos dos inquéritos do MP têm sido divulgados para desgastar a imagem dele e atingir o pai dele, o presidente Jair Bolsonaro.

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Advogado deixa defesa de Queiroz

O advogado Paulo Klein, que representava Fabrício Queiroz, deixou o caso na quinta-feira, 19. Ele alegou “questões de foro íntimo” para abandonar a causa. O advogado assumiu a defesa da família Queiroz no dia 18 de dezembro do ano passado, 12 dias após a revelação da investigação pela reportagem de O Estado de S. Paulo.

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Mais cedo, Klein afirmou que o Ministério Público “distorce” os repasses registrados na conta de Queiroz. Segundo a Promotoria, o ex-assessor teria recebido cerca de R$ 2 milhões por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro.

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“Se contextualizarmos os fatos, os referidos valores foram recebidos ao longo de 10 anos, repita-se, 10 anos, sendo que na sua quase totalidade fruto dos rendimentos da própria família que, como dito, centralizava seus pagamentos na conta do sr. Fabrício”, diz a nota enviada pela manhã pelo advogado.

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A família Queiroz integra o grupo de 12 servidores que teria recebido cerca de R$ 6,1 milhões da Assembleia Legislativa do Rio e repassado ao menos R$ 1,8 milhões para a conta do ex-assessor de Flávio e sacado cerca de R$ 2,9 milhões em espécie para entrega em mãos, apontou o Ministério Público.

Com Estadão Conteúdo.

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