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Flamenguista é proibido de ir aos jogos por 6 meses após racismo

Um torcedor do Flamengo foi preso em flagrante na noite de quarta-feira pelo crime de injúria racial. Wagner Marinho Tavares foi acusado de ofender um dos responsáveis pelo portão de acesso D do Maracanã, onde a equipe rubro-negra enfrentou o Botafogo em uma das semifinais da Copa do Brasil.

O caso aconteceu pouco antes de começar a partida, quando houve confusão em alguns dos acessos ao estádio – torcedores do Flamengo tiveram dificuldade em entrar mesmo com ingresso em mãos. Segundo relato de um funcionário terceirizado do Maracanã que não quis se identificar, Tavares teria dito que, se ele não soubesse executar a sua função, “devia vender banana, porque eu era filho de preto”.

O torcedor foi encaminhado por soldados da Polícia Militar ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) instalado no Maracanã. Ele passou por audiência de custódia e responderá o processo em liberdade provisória. Wagner Marinho Tavares, contudo, terá que cumprir medidas restritivas.

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Na audiência, foi definido que o autor das supostas injúrias ficará proibido de ir aos jogos do Flamengo por seis meses. Duas horas antes de cada partida, Tavares também deverá comparecer à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, e só poderá deixar o local após o término dos jogos. Ele também não poderá mudar de endereço residencial sem antes avisar ao juízo.

Este foi o segundo caso de injúria racial registrado no clássico entre Flamengo e Botafogo. Na semana passada, na partida disputada no Engenhão, um torcedor do Botafogo foi detido por ofender familiares do atacante Vinicius Junior. Ele também terá que cumprir as mesmas medidas restritivas.

Além do caso de injúria, o Jecrim teve mais oito ocorrências registradas no Maracanã na noite de quarta-feira. O Flamengo avançou à final da Copa do Brasil ao vencer o Botafogo por 1 a 0 Na decisão, enfrentará o Cruzeiro.

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