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Decisão na Suíça

FIVB deixa liberação de transgêneros para federações nacionais de vôlei

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) manteve inalterada a situação legal da oposta Tifanny Abreu para atuar na Superliga Feminina. A decisão foi anunciada após uma reunião em Lausanne, na Suíça, entre os integrantes da comissão médica da FIVB. Pela decisão do orgão, cabe às federações nacionais decidirem sobre a participação de transgêneros em suas competições.

A atuação da jogadora pelo Vôlei Bauru está causando polêmica no meio da modalidade pelo fato dela ter passado por um tratamento hormonal e por cirurgia de adequação sexual. A discussão entre atletas, treinadores e torcedores é de que Tifanny poderia ter vantagens físicas sobre as demais jogadores, principalmente com relação à força.

Chefiada por Annie Peytavin, a comissão médica não alterou em nada a análise médica do Comitê Olímpico Internacional (COI), de 2015, que trata da questão de atletas trans no esporte olímpico. Com a ressalva de que no caso de torneios nacionais entre clubes a responsabilidade da liberação dos atletas pertence às respectivas federações – no caso de Tifanny, caberia à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

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A entidade internacional, contudo, avisou que precisa estudar melhor a questão para se pronunciar sobre a eventual participação de transgêneros em competições internacionais, como as que envolvem as seleções.

“A comissão médica da FIVB está empenhada em estudar esta questão, a fim de garantir que qualquer decisão médica tomada seja baseada em dados e em conhecimento mais recente nesta área para garantir a existência de um sistema justo e equitativo de competição para todos os atletas”, afirmou Annie Peytavin, presidente da comissão médica.

“Esta é uma questão complexa, também está sendo debatida por outras federações internacionais. É importante considerar os muitos ângulos da questão ao tomar uma decisão tão crítica, por causa do impacto duradouro nos atletas. Precisamos estar atentos à igualdade dentro das categorias de gênero e precisamos fazer isso com a ajuda de especialistas médicos, éticos e legais, entre outros”, declarou o brasileiro Luiz Fernando Lima, secretário-geral da FIVB.

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