Polícia

Fiscalização contra maus-tratos a animais atua em bairros de Santa Cruz

Mais uma ação de averiguação de maus-tratos a animais foi realizada nessa quarta-feira, 19, em Santa Cruz do Sul. A iniciativa, que ocorreu no Bairro Bom Jesus, é uma parceria entre a Secretaria de Bem-Estar Animal e a Polícia Civil.

As fiscalizações ocorrem há três anos em pelo menos dois dias da semana e têm como objetivo investigar denúncias de maus-tratos. A equipe envolvida na operação de ontem contou com a delegada Ana Luiza Aita Pipi, a comissária Lisandra Carvalho, a secretária de Bem-Estar Animal, Bruna Molz, a subsecretária Janaina Poletto, a fiscal Leticia Herberts e o veterinário coordenador Tiago Alberto Haas Marques.

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Durante a ação na Rua Dom Pedro II foram realizadas três visitas de retorno para verificar o cumprimento das notificações anteriores. Segundo Leticia Herberts, fiscal da Secretaria de Bem-Estar Animal, o objetivo principal dessas vistorias é orientar os tutores dos animais antes de aplicar penalidades. “Nosso foco inicial é sempre educativo. Quando verificamos que um animal está em situação inadequada, notificamos o tutor para que ele tenha a oportunidade de fazer as melhorias necessárias antes que medidas mais severas sejam tomadas.” Esse objetivo educativo das visitas é reforçado pela secretária de Bem-Estar Animal, Bruna Molz.

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Leticia Herberts ainda ressaltou que a Prefeitura disponibiliza atendimento veterinário gratuito para famílias que tenham baixa renda, de até um salário mínimo, com o objetivo de ajudar os animais domésticos a terem uma melhor condição de vida, independente da situação econômica de seus tutores.

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Denunciantes têm o anonimato garantido

As autoridades reforçam a importância da denúncia de casos de maus-tratos, que pode ser feita de forma anônima por meio dos canais oficiais da Polícia Civil ou da Secretaria de Bem-Estar Animal. O objetivo principal das fiscalizações é a educação e a conscientização da população para que todos saibam não apenas os direitos dos animais, mas também os seus deveres enquanto tutores, garantindo que os animais tenham condições dignas de vida.

A subsecretária Janaina Poletto reforçou que as denúncias são essenciais para que a equipe possa agir, pois somente com a colaboração da população é possível chegar mais rápido aos locais, conseguir identificar os maus-tratos e salvar os animais.

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A comissária Lisandra Carvalho destacou que as penalidades para quem maltrata animais são cada vez mais rigorosas. “A legislação mudou e hoje há punições mais severas para quem comete crimes contra os animais. Além das multas, os responsáveis podem responder criminalmente.”

Averiguação

No primeiro contato, a equipe confere as condições do animal e, se necessário, emite uma notificação para que o tutor realize melhorias dentro de um prazo estipulado.

Nos casos em que as melhorias não são providenciadas, a equipe retorna ao local e pode aplicar advertências e multas. A multa por maus-tratos é de três UPMs – cada UPM equivale a R$ 430,65. Já para casos de abandono, a penalidade sobe para 10 UPMs e, em situações que resultem na morte do animal, pode chegar a 14 UPMs.,

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Além das penalidades administrativas aplicadas pela Secretaria de Bem-Estar Animal, a Polícia Civil pode instaurar inquéritos e indiciar tutores por crimes de maus-tratos e crueldade. Situações como abandono, falta de alimentação, ausência de atendimento veterinário e confinamento inadequado também são consideradas formas de maus-tratos.

A delegada Ana Luiza Aita Pipi destacou que a parceria entre a Polícia Civil e a Secretaria de Bem-Estar Animal tem sido fundamental no combate a esses crimes. “Trabalhamos juntos há cerca de três anos, realizando fiscalizações semanais com o apoio do veterinário do Canil Municipal e da fiscalização ambiental da Prefeitura. Esse esforço conjunto tem trazido resultados positivos para a cidade.”

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Saiba mais

Entre as exigências comuns estão para o bem-estar animal estão:

  • Não manter o animal preso em correntes curtas. Se for necessário prender, deve ser instalado um sistema de “vai e vem” com no mínimo 5 metros de extensão.
  • Manter os potes de água e comida sempre limpos e abastecidos.
  • Garantir um abrigo adequado, como uma casinha ou área coberta.
  • Providenciar atendimento veterinário caso o animal apresente ferimentos ou sinais de doença.

Resultados

Na averiguação que ocorreu na Rua Dom Pedro II, em três residências, uma teve um desfecho positivo. O animal que tinha sido encontrado acorrentado e com princípio de desnutrição em uma visita passada se encontrava totalmente diferente – livre no pátio e bem alimentada, segundo constatação do veterinário, além de estar correndo e brincando com os seus responsáveis.

Nas demais residências, os proprietários não atenderam aos chamados e serão contatados posteriormente para uma nova visita. Caso contrário, poderão ser aplicadas punições.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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