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Finanças no final do ano

Foto: Freepik.com

O fim de mais um ano já está aí e é nesse período que muitas pessoas começam a pensar mais nas finanças. Afinal, é um tempo em que se gasta mais dinheiro com festas, viagens, presentes etc. Além disso, provavelmente uma das promessas feitas, na noite da passagem para este ano novo, tenha sido cuidar melhor das finanças pessoais ou familiares.

Pois é, a pouco mais de dois meses do fim do ano, é tempo de avaliar como lidamos com nosso dinheiro neste ano, resolver algumas pendências e responder àquela pergunta que não quer calar: o que realizamos das promessas do início de ano?

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Nas empresas, o planejamento é a ferramenta de grande importância para alcançar os objetivos propostos, sob pena de, em pouco tempo, ter que encerrar as atividades. Da mesma forma, nosso “negócio” de vida pessoal e familiar também precisa de planejamento, em várias áreas, para ser bem conduzido.

Uma das áreas básicas, geralmente esquecida ou tratada com pouco cuidado, é a financeira, mesmo sabendo que para qualquer coisa que queiramos fazer ou que algum imprevisto nos desafie é preciso verificar como está a situação financeira.

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Planejamento financeiro é um processo contínuo que auxilia na condução dos assuntos financeiros de uma forma mais organizada e integrada, permitindo ter uma visão mais ampla e de longo prazo. Primeiramente, isso envolve entender bem a situação atual o que pressupõe que se faça antes:

  1. Um diagnóstico da situação financeira pessoal ou familiar: a palavra diagnóstico foi retirada da medicina em que, através de sintomas e, em alguns casos, de exames, os médicos avaliam a situação atual do paciente, podendo identificar a existência de doenças. O mesmo ocorre com as finanças: fazer um diagnóstico das finanças é fazer um levantamento do patrimônio e das dívidas, dos rendimentos líquidos, já deduzidos os descontos devidos, e de todos os gastos, durante 30 a 60 dias. O diagnóstico das finanças vai mostrar a situação atual e, se houver problemas, a origem deles.
  2. Um orçamento pessoal ou familiar: com base no levantamento de gastos, em que já é possível reduzir, substituir ou eliminar itens, adotar a fórmula inovadora da metodologia da DSOP – Educação Financeira. A ideia é, a partir do ganho líquido, subtrair os valores necessários para a independência financeira, a realização de sonhos de curto, médio e longo prazos (viagem, casa, carro etc), o pagamento de prestações/dívidas e a formação de uma reserva financeira estratégica (para imprevisto e oportunidades de negócios). O saldo resultante é o valor com o que podemos contar para os gastos do dia a dia.

Para exemplificar a fórmula de orçamento da metodologia DSOP, consideremos o cenário hipotético em que a pessoa tem uma renda de R$ 3,5 mil:

  • Ganho líquido (salário, pró-labore, outro, deduzidos INSS e outros descontos): R$ 3,1 mil    
  • (-) Independência financeira (previdência privada ou outros investimentos): R$ 150,00             
  • (-) Sonho de curto prazo (compra de alguma coisa até um ano): R$ 50,00                                    
  • (-) Sonho de médio prazo (compra de alguma coisa de um ano a dez anos): R$ 100,00              
  • (-) Sonho de longo prazo (compra de alguma coisa depois de dez anos): R$ 150,00                         
  • (-) Prestações/dívidas: R$ 600,00                                                                                                   
  • (-) Reserva financeira: R$ 50,00                                                                                                   
  • (=) Saldo resultante: R$ 2 mil

De acordo com a metodologia da DSOP, o saldo de R$ 2 mil, apurado no exemplo hipotético, seria o valor com que a pessoa ou família poderia contar para se manter durante o mês. A proposta é formar fundos para a independência financeira, a realização de sonhos e reserva estratégica para imprevistos de forma proativa. Esperar para iniciar um fundo de reserva, por exemplo, quando for possível, é muito arriscado porque, dificilmente, sobra dinheiro. Por isso, os valores para essas finalidades já devem fazer parte do orçamento.

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Para facilitar a elaboração do orçamento, é recomendável utilizar pelo menos um simples caderno ou ferramentas mais tecnológicas como planilha de computador e algum aplicativo, juntando os gastos em grupos específicos, como relacionados a alimentação, moradia, transporte, vestuário, educação, diversão etc.

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Ao preencher a planilha ou incluir os dados no computador ou aplicativo, é possível visualizar claramente onde estão as principais despesas e identificar em que se pode economizar. É fundamental lembrar que o processo de elaborar um orçamento não é apenas uma tarefa de preenchimento de planilhas ou inclusão de dados, mas de acompanhamento permanente o que ajuda a estar mais consciente dos gastos realizados.

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Para fazer um bom planejamento financeiro e ainda tentar alcançar as metas para este ano de 2024, o especialista em finanças e mentor financeiro, Resende Neto, sugere quatro dicas:

  1. manter o foco nas metas: pode ser um desafio, especialmente em momentos difíceis, como crises econômicas ou despesas inesperadas; se a meta for muito grande, dividi-la em partes;
  2. não desistir de recuperar a saúde financeira até o final do ano: pela chegada do fim de ano, muitas pessoas desistem de suas metas, achando que não dá mais tempo para realizá-las. Contudo, é possível recuperar o controle financeiro, mesmo num curto espaço de tempo. A primeira ação é revisar despesas, eliminar supérfluos, renegociar dívidas e usar as verbas extras de fim de ano para quitar pendências;
  3. usar ferramentas para acompanhar as contas: as planilhas e aplicativos de controle financeiro ajudam a monitorar receitas e despesas;
  4. ajustar as metas para o próximo ano: se realmente não conseguir atingir alguma meta financeira para este ano, não se lamentar demais; avaliar o que não funcionou e reorganizar; se for o caso, subdividi-las em objetivos menores.

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