Há livros que ficam como um ponto fora da curva. Shuggie Bain, por exemplo. Lançado em 2020, primeiro romance de seu autor, o escocês Douglas Stuart, designer de moda de 45 anos (43, na época), de cara arrebatou o Man Booker Prize, o mais importante prêmio para obra publicada em inglês no mundo. Do anonimato para a celebridade em questão de horas. E se com outros concorrentes pesos-pesados da edição daquele ano já era mais provável que as editoras se interessassem (caso de Hilary Mantel, duas vezes vencedora; ou de Diane Cook), Stuart, pelo visto, não fora levado muito a sério.
Outros finalistas, como Maaza Mengiste, da Etiópia, ou Tsitsi Dangarembga, do Zimbábue, já foram publicados no Brasil. E até os norte-americanos Avni Doshi e Brandon Taylor tiveram suas obras finalistas traduzidas recentemente. Faltava justamente o vencedor. Mas neste início de 2022 a Intrínseca finalmente preenche a lacuna, e A história de Shuggie Bain, em 528 páginas, traduzidas por Débora Landsberg, a R$ 79,90, acaba de chegar às livrarias.
O enredo se passa em Glasgow, terra natal do autor na Escócia, em 1981, centrado em uma mãe e seu filho pequeno, o personagem do título, que precisam se equilibrar de todo modo para sobreviver em um mundo em derrocada. Ela deixa o segundo marido, com os três filhos, e se rende ao álcool. Os filhos tentam salvá-la, mas vão desistindo. Menos Shuggie que, embora precisando lutar com suas limitações e seus dramas, persiste num vínculo indestrutível. E absolutamente emocionante.
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