Gremistas de todos os recantos passaram o primeiro semestre desconfiados de que este ano seria mais um como os tantos recentes: sem grande coisa a comemorar a não ser alguma vitória expressiva sobre os principais rivais. O time estagnou sob o comando de Roger e tudo indicava que ao final de 2016 bastaria carimbar o registro de 15 anos sem título nacional. Afinal, as campanhas no Gauchão e na Libertadores foram frustradas por erros de escolha do treinador e falhas defensivas, especialmente no jogo aéreo, que levaram a eliminações.

Pois eis que uma guinada em pleno andamento do segundo semestre conduziria a nação tricolor a um outro patamar: o da glória de ser campeão nacional. O desgastado Roger saiu em setembro. Chegou para o seu lugar Renato, o ídolo sempre pronto a prestar serviço ao Grêmio. E o Renato simplificou a conversa na Arena. A boa herança deixada por Roger não foi jogada fora. Pelo contrário, tornou-se a base para o incremento de detalhes que devolveram ao Grêmio a sua identidade de time raçudo e inteligente. Esse carteiraço retomado em campo balançou adversários da primeira linha do nosso futebol e o resultado se viu na quarta-feira: pentacampeão do Brasil. Merecido. Parabéns!

De volta ao futuro

Fim de semana de decisões nos campos de jogo e político para o Internacional. Sábado é de eleições presidencial e ao Conselho Deliberativo. Domingo termina o maior drama dos 107 anos do clube. Ou o time cumpre a sua parte em Mesquita e tem a sorte de um resultado paralelo que o beneficie em Recife ou Salvador, ou a vida em 2017 será na Série B. A via jurídica deu no brejo nessa quinta-feira.

Quaisquer que sejam os resultados nos dois campos, este fim de semana é o marco para a reinvenção do Internacional. O gigante vem sendo conduzido por mentes com planos medíocres, cujos atos e posturas o levaram à beira desse abismo. É hora para abraçar a consciência evolutiva que foi se perdendo após as conquistas de 2006 – Libertadores e Mundial. Vai ser bom. Bom fim de semana.