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Fim de um projeto de governo

Agosto é considerado o mês do azar. Podemos registrar alguns fatos negativos decorridos ao longo da História: o suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia do recém-eleito presidente Jânio Quadros, o acidente que vitimou o presidente Juscelino Kubitschek, a morte de Marilyn Monroe, de Carmen Miranda e tantos outros fatos importantes.

Nesse fatídico mês caiu também a presidenta Dilma, que depois de um longo e cansativo processo de impeachment, teve uma clamorosa derrota na votação dos senadores com um placar elástico. Esse impeachment de Dilma encerra o período iniciado por Lula em 2003.

O PT, antes de assumir o poder, alardeava ser o único partido honesto. O povo acreditou nesse discurso da moralização da política. Depois de muita insistência e frustrações, saiu vencedor com o primeiro operário que alcançou a Presidência. Lula orgulhava-se da condição de ter pouco estudo.

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Não podemos negar sua facilidade de comunicação. Lula conseguiu fanatizar milhões de brasileiros. Era o ídolo dos pobres. Usou e abusou de sua popularidade. Grande parte dos brasileiros perdeu a consciência crítica. Megalomaníaco, exaltava “que nunca antes na história deste País” um presidente havia proporcionado tantas benesses para o povo, principalmente aos pobres. Gabava-se de ter saciado a fome de milhões de pessoas através das bolsas e que até a classe média viajava de avião.

Na verdade, Lula tinha um longo projeto de poder. Seu sonho era se eternizar no governo. Findos os primeiros dois mandatos, inventou a sua fiel aliada, Dilma, apelidada de Mãe do PAC e considerada uma grande administradora. Cumpriria o primeiro mandato como presidenta. Lula reassumiria o cargo quatro anos depois. O tiro saiu pela culatra. Sua afilhada gostou do poder e não cedeu seu lugar.

Lula colocava-se acima da Constituição. Tornou-se um líder com aversão à democracia. Deu força aos movimentos sociais que invadem fazendas, ocupam prédios públicos, fecham avenidas e fazem depredações. Acham-se acima das leis. Nada lhes acontece, deixando um rastro de sofrimento para aqueles que ainda teimam em serem honestos neste País.

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Como acontece em todos os partidos, tem gente boa e não corrupta. Muitos partidários que confiavam no projeto do PT, decepcionados, caíram fora do barco. Lula ajudou a implodir os antigos sonhos. Os escândalos do Mensalão e do Petrolão enterraram as últimas esperanças.

Os milhões de brasileiros que saíram às ruas contribuíram para que os políticos se engajassem e votassem pelo impeachment.

Mas a alegria não foi completa. Mais uma vez, os fisiologistas atuaram na contramão dos desejos populares. Rasgaram a Constituição, alterando o seu texto e deixando uma brecha aos futuros condenados pela Operação Lava Jato. Tudo isso aconteceu sob o comando de Lewandowski e urdido pelos próceres do PT e PMDB. O governo Temer já iniciou mal e com uma bancada dividida. Cuidado, o povo não está para brincadeira!

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