A força-tarefa para ajudar as vítimas da enchente no Vale do Taquari e na região de Mariante, em Venâncio Aires, vai continuar neste sábado e no domingo. Em Santa Cruz do Sul, o ponto de coleta será no Palacinho da Praça da Bandeira. As equipes estarão mobilizadas no local entre 8 horas e 18 horas, nos dois dias. A prioridade é para produtos de higiene pessoal e limpeza dos imóveis. Além de colchões, roupas de cama e roupas íntimas.
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Conforme a secretária de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, um veículo da Brigada Militar e outro da Susepe vão se deslocar neste sábado, com 41 profissionais voluntários da área de saúde para auxiliar as cidades mais atingidas do Vale do Taquari. Farão parte da equipe: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, acadêmicos de Medicina, agentes comunitários, odontólogos e psicólogos.
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A atuação desses profissionais será para auxiliar com atendimentos básicos, passar orientações, tratar pequenos ferimentos e, inclusive, dar suporte psicológico. Serão disponibilizadas cerca de 300 doses de vacina antitetânica. Já nessa sexta-feira, 65 pessoas voluntárias de Santa Cruz estiveram no município de Roca Sales para auxiliar na limpeza das residências. Os ônibus foram disponibilizados pela Viação União Santa Cruz e pela Susepe.
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Desde o início das ações de mobilização em prol dos afetados pela enxurrada, as doações não param de chegar aos municípios. Conforme a secretária de Desenvolvimento Social e Habitação de Estrela, Renata Cherini, há uma quantidade significativa de alimentos e água potável; por isso, quem puder pode concentrar as doações em colchões, cobertores, travesseiros e lençóis.
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“Os alimentos são sempre bem-vindos, mas os outros itens são mais importantes neste momento”, disse Renata. A cidade de Estrela tem o ponto principal de coleta no Centro Comunitário Cristo Rei. O recebimento dos produtos ocorrerá neste sábado e também no domingo, até as 22 horas. Em Venâncio Aires, os trabalhos de auxílio se concentram na localidade de Vila Mariante. A maior demanda é por água, colchões e alimentos. As doações podem ser feitas no ginásio de Linha Magueirão, no trevo de acesso a Mariante, e no Parque do Chimarrão.
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A Prefeitura informou que necessita de voluntários para ajudar na organização e entrega dos donativos. Neste sábado, o trabalho iniciou às 8 horas no Parque do Chimarrão. Além das doações básicas, a comunidade pode doar ferramentas para ajudar na limpeza e na remoção da lama que ficou espalhada nas ruas e dentro das residências. Enxadas, pás, botinas de borracha, vassouras e baldes são prioridades.
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Trabalhei em um bairro com várias casas destruídas. Passamos o dia retirando restos de móveis de dentro das casas, geladeiras, e muito, muito barro e entulho pelo pátio. As pessoas continuam sem energia e sem água. A população de lá está recebendo marmitas, cestas básicas e material de higiene pessoal. Muitos moradores chorando porque perderam tudo. Uma senhora contou que continua com um irmão desaparecido.
Em outra casa, o morador estava junto com o filho de 8 anos. Ele tinha guardado um dinheiro para esse filho, e, no meio dos entulhos, quando estávamos retirando da casa, encontramos o dinheiro. Foi um momento raro de felicidade.
Trabalhamos na casa de um senhor chamado Luiz. Foi difícil fazer a limpeza porque a água chega com pouco volume nas torneiras. No dia da enchente, ele disse que não morreu por pouco. Ele, a esposa e dois filhos ficaram uma noite e quase um dia inteiro por cima dos móveis. A água chegou a 1,80 metro de altura dentro de casa. Ao lado da dele, mora a família da filha. A filha, inclusive, estava lavando a geladeira, na esperança de que, quando retornar a luz, ela volte a funcionar.
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A residência do seu Luiz era verde, e ele contou que tinha pintado há pouco tempo. Inclusive, os móveis ele tinha comprado novos há pouco tempo. E não sobrou nada, foi tudo para o lixo. A família está indo dormir a sete quilômetros de distância, perto da casa de familiares, que moram próximo do Cristo Protetor. Seu Luiz trabalha na construção civil e é ex-metalúrgico.
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