Uma pesquisa para identificar a progressão do novo coronavírus na região começa neste fim de semana. O sábado, 1°, e o domingo, 2, serão de aplicação de cerca de mil testes rápidos simultaneamente nos 14 municípios do Vale do Rio Pardo. O trabalho foi encomendado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e apoio da Philip Morris Brasil.
Além de Santa Cruz do Sul, onde os testes serão aplicados por estudantes da área da saúde da Unisc, haverá coletas em Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. Nesses locais, os entrevistadores serão técnicos dos próprios municípios, de acordo com o coordenador-geral da pesquisa, o médico infectologista Marcelo Carneiro, em entrevista à Rádio Gazeta.
Os participantes, que passaram por treinamento nessa sexta-feira, usarão equipamentos de proteção individual durante o trabalho. “As pessoas estarão identificadas e quem for abordado em casa, pode solicitar uma confirma ção. Toda essa organização é para evitarmos qualquer prejuízo à pesquisa”, explicou o médico. As equipes terão uma carta assinada pelo presidente do Cisvale, crachá e cartaz na caixa de coleta. A Polícia Civil e a Brigada Militar de cada município também terão uma listagem dos entrevistadores.
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Um dos objetivos do levantamento é entender como a infecção está passando pela região – se está em fase de meio, início ou fim, conforme Carneiro. “A abordagem realizada nas pesquisas anteriores não contemplava o restante das cidades. Essa parceria aborda as 14 cidades da nossa região, dando um perfil muito regional e, consequentemente, fazendo com que a gente entenda como a doença está se comportando no Vale do Rio Pardo.”
Um dos aspectos inovadores é que todas as pesquisas só utilizaram dados das zonas urbanas, mas esta abordará também as zonas rurais, gerando um dado inédito. Informações parciais sobre as coletas estarão disponíveis nas noites de sábado e domingo e a previsão é que a finalização seja entregue na próxima quinta-feira. O portal GeoSaúde Unisc, que pode ser acessado pelo link geosaudevrp.org, também irá fornecer informações sobre as coletas.
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Quinze minutos
A pesquisa terá quatro etapas de realização de testes a cada duas semanas. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. As atividades serão realizadas sempre durante os finais de semana, entre 8 horas e 18 horas. A abordagem será aleatória de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.
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Marcelo Carneiro explica que este teste é diferente dos que já foram feitos até agora. “O teste é com anticorpos separados, a gente consegue dizer se a doença é mais nova ou se tem um tempo maior. Não obrigatoriamente significa que a pessoa está doente, mas que ela já entrou em contato com o vírus e produziu anticorpos.” Isso porque a maioria das pessoas pode adquirir a doença sem apresentar sintomas.
Para o teste será coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa testada. Os entrevistadores também farão perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas. O resultado sai em apenas 15 minutos e o participante ganhará um cartão com seu resultado. Em caso de positivo para Covid-19, a pessoa receberá orientações e o teste será realizado também no restante da família.
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