O resultado de ficar longos períodos exposto ao sol a beira da praia ou da piscina, sem usar filtro solar, pode ser sentido na pele: logo aparecem as queimaduras. No entanto, não são somente em dias ensolarados e durante o verão que o uso do protetor se faz necessário. Segundo o chefe do serviço de Oncologia do Hospital Vita Curitiba, Evanius Garcia Wiermann, também é necessário fazer uso do produto em dias nublados. “Se existir luminosidade há sol e, consequentemente, irradiação”, explica.
O câncer de pele é uma doença vinculada à exposição solar crônica, não à exposição solar aguda. Isso significa que no inverno há o mesmo risco de câncer de pele que no verão. “A incidência da doença é comum em todas as estações do ano”, destaca o especialista. “O câncer de pele é uma doença oncológica que acomete o sistema cutâneo da pessoa, divide-se em melanoma e não melanoma, este é menos grave para mortalidade, isto é, não mata, mas pode gerar a necessidade de cirurgia e radioterapia”, explica o médico.
O médico explica ainda que o câncer de pele não está relacionada à exposição solar que o indivíduo teve em um determinado período do ano e sim às exposições que ele teve durante toda a vida, que ao longo do tempo lesaram o DNA da pele. “O raio ultravioleta tem efeito negativo sobre o DNA, o que gera lesão e mutação. Devido à exposição cronificada ao sol, quanto mais idosa a pessoa for, maior será o risco de desenvolver o câncer de pele”, comentou.
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Wiermann explica que, com a doença, surgem lesões que, geralmente, iniciam como uma pinta nova que aparece ou que já existe e muda a característica de cor, forma, tamanho ou, ainda, começa a sangrar ou coçar. “São várias características que acometem o tecido cutâneo, na maior parte, em área de exposição ao sol, como face, colo, costas, dorso, pernas. Estas são os locais mais comuns de acontecer a doença”, destaca. Além disso, pessoas que trabalham expostas ao sol têm mais chances de serem acometidas pelo câncer de pele. É o caso dos trabalhadores da área rural que têm mais riscos que as pessoas que vivem em zona urbana.
Quanto ao tratamento, o médico explica que se diagnosticado precocemente existem várias maneiras de tratar e controlar a doença – melanoma ou não melanoma, seja por ablação (por meio de uma sonda), cauterização da lesão, medicamentos biológicos para tratamento específicos, imunoterapia, entre outros.
Prevenção
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O médico explica que o fator de proteção do filtro solar não precisa ser elevado, 95% do benefício do filtro acontece com fatores de proteção de 15 a 20. O mais importante é a reaplicação, já que o efeito do filtro solar dura aproximadamente de duas a três horas de duração
“Ao entrar no mar ou na piscina ou por excesso de sudorese, o produto deve ser reaplicado. Além do uso regular do filtro solar, devem ser usados acessórios de proteção como chapéu, boné, óculos de sol para evitar o câncer palpebral e respeitar o horário de exposição solar: antes das 10 e após as 16 horas“, frisa o oncologista..
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