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“Não é raiva; é amor”

Filme “O Corvo” adapta para os tempos modernos os quadrinhos criados por James O’Barr

No momento em que alguém morre, um corvo carrega sua alma para a terra dos mortos. Mas, por vezes, algo tão ruim acontece que o espírito não consegue descansar. Então é necessário consertar as coisas erradas.

É o que acontece com Eric Draven (Bill Skarsgård), após ser brutalmente assassinado junto com a sua companheira, Shelly Webster (FKA twigs). Para salvar sua amada, ele retorna ao mundo dos vivos, acompanhado do pássaro, para fazer justiça.

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Essa é a premissa de O Corvo, dirigido por Rupert Sanders. Em cartaz no Cine Max Brasil, o filme adapta para os tempos modernos os quadrinhos criados por James O’Barr na década de 1980. Apesar da trama sombria, o amor é o tema principal da narrativa. O longa-metragem investe tempo para construir a relação de Draven e Shelly, desde a primeira troca de olhares ao primeiro beijo e o início de uma relação platônica.

O desenvolvimento é importante para que o espectador tenha empatia pelo casal no momento em que a vida dos dois é tirada. A partir daí, acompanhamos a jornada do protagonista, que tenta entender as regras para voltar enquanto busca os responsáveis pela morte da sua amada.

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A vingança, no entanto, não é a principal missão de Eric. O reencontro com Shelly é o que o motiva a retornar, e ele está disposto a fazer o sacrifício final para que a amada seja salva. Como uma determinada personagem explica: “Não é raiva; é amor”.

Predisposição ao fracasso

É comum gerar-se expectativa quanto a um filme, seja positiva ou negativa. Contudo, essa predisposição pode frustrar a experiência. Ou, em certos casos, impedir de vivenciá-la. Em se tratando de O Corvo, a reação da internet ao novo foi tão brutal quanto a morte de Eric e Shelly. Tão logo foi anunciado, iniciou-se uma campanha de ódio, sobretudo pelos fãs da primeira adaptação.

A situação piorou quando o diretor da versão de 1994, Alex Proyas, usou seu perfil nas redes sociais para criticar a obra sucessora. Essas manifestações tornaram-se combustível para os ataques. Sem dó nem piedade, trataram o longa-metragem atual como uma refilmagem. Assim, realizaram comparações injustas entre as duas versões.

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Somado às análises dos críticos de cinema, isso levou ao fracasso do filme na bilheteria – um fato comemorado por Proyas. Uma pena, pois, apesar do que dizem seus difamadores, O Corvo não tenta em momento algum emular o antecessor.

Não há como comparar, por exemplo, as atuações de Brandon Lee e Skarsgård no papel principal. Cada um tem um traço diferente e original, que enriquece o personagem. Aqueles que o conferiram na tela grande de mente aberta encontraram um bom entretenimento, que merece, assim como Eric, uma segunda chance.

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Onde assistir:

  • Cine Max Brasil:
  • Sala 2 – 21h15 (2D, dublado)

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