Novo filme que entrou em cartaz nesta quinta-feira, 5, no Cine Max Shopping, Jojo Rabbit, misto de comédia e drama, lida com tema delicado: a Segunda Guerra Mundial e a imagem que se projeta do líder alemão Adolf Hitler. Essa produção norte-americana de 2019 estreou no Brasil em fevereiro, e a pandemia retardou sua chegada a cinemas fora dos grandes centros, de maneira que só agora muitas cidades, a exemplo de Santa Cruz do Sul, têm oportunidade de conferir essa obra, que chegou a gerar polêmica em outros países.
É o diretor, escritor, ator e comediante neozelandês Taika Waititi, 45 anos, quem assina as funções principais. São dele o roteiro, a produção e a direção, e ainda responde pelo papel mais melindroso, o de Hitler. Um Hitler cômico, brincalhão, porque constitui o amigo imaginário de um garoto alemão, o Jojo do título, interpretado por Roman, londrino de 13 anos, que inclusive recebeu indicação ao Globo de Ouro.
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Para completar o quadro, Jojo, cunho sonho é ingressar na Juventude Hitlerista, tem como mãe Rosie (Scarlett Johansson), uma ativista antinazi, que oculta em casa uma menina judia, Elsa (Thomasin McKenzie). A reação imediata de Jojo é de aversão a Elsa, isso até se dar conta de que na verdade se sente afeiçoado por ela. Tudo cotejado com a relação com um amigo imaginário do porte de um Hitler.
Como pano de fundo do enredo, a um tempo lidando com questões muito sérias e pincelando-as com pátina de ingenuidade e puerilidade, tem-se o contexto da Segunda Guerra, e das profundas marcas que o Holocausto deixou na sociedade europeia e no mundo todo.
Com 108 minutos de duração (e, no caso do filme que é exibido no Cine Max Shopping, em versão legendada), requer um espectador muito consciente dos efeitos dramáticos e trágicos que a figura do Adolf Hitler real, de carne e osso, provocou na história da humanidade.
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