Polícia

Filho viu o próprio pai ser assassinado no Bairro Progresso

“Pega ele polícia, dá uma paulada nele, que ele matou meu pai, eu vi quem ele era.” Aos prantos, um menino saiu por entre os corredores do bloco 12 do Residencial Santo Antônio, no Bairro Progresso, e seguiu na direção de policiais militares, por volta das 13 horas dessa quarta-feira, 24, para contar o que tinha visto. Era o filho de Wyllyan Lucas Hermes Santos, de 26 anos, morto com disparos de arma de fogo.

Wyllyan foi alvo de diversos disparos

O menino de 7 anos estava com o pai dentro do residencial quando um homem se aproximou e efetuou disparos de pistola contra a vítima, por volta das 12h40. Logo, uma multidão se aglomerou nas proximidades do corpo. Brigada Militar (BM) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados e compareceram ao local. Havia marcas de tiros por todo o corpo, que foi encontrado próximo a um corredor entre os apartamentos.

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Conforme registros policiais, Wyllyan já foi investigado, suspeito ou acusado de crimes como posse e porte ilegal de arma de fogo, roubo com lesões, tráfico de drogas e homicídio. Atualmente estava cumprindo pena restritiva de liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica.

A Gazeta do Sul esteve no Residencial Santo Antônio e acompanhou as diligências policiais. Dezesseis cápsulas de pistola calibre 9 milímetros foram encontradas pela BM no local. Em apuração na cena do crime, a partir de informações de testemunhas, policiais militares da Força Tática identificaram um suspeito. Paulo Josoe de Oliveira, o Bidu, de 41 anos, foi encontrado em um apartamento e conduzido até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

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Ele também tem antecedentes por tráfico de drogas, roubo a estabelecimento comercial e homicídio, e é monitorado por tornozeleira eletrônica desde 31 de maio de 2022. Ele prestou depoimento na DPPA. Ao longo da tarde, a Brigada Militar apresentou evidências e provas que embasaram a prisão em flagrante do acusado, que terminou conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, onde aguardará o andamento das investigações.

Região conflagrada

Não é por acaso que tanto a vítima como o suspeito preso já foram investigados por tráfico de drogas. O Residencial Santo Antônio, onde ocorreu o homicídio, é dominado por traficantes e já foi alvo de diversas ações das forças de segurança, com apreensão de drogas e prisões. Um caso emblemático aconteceu no ano passado, em fevereiro, quando um homem teve a mão alvejada por tiros após cometer um furto. O autor terminou preso.

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A poucos metros do residencial fica o conflagrado Beco do Cléber, onde no dia 9 de julho a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) fez a maior apreensão de drogas do ano na região. Na ocasião, a polícia encontrou em tonéis enterrados 47 quilos de entorpecentes, entre maconha e cocaína, pertencentes à facção Os Manos.

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Cristiano Silva

Cristiano Silva, de 35 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, onde se formou, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2015. Iniciou a carreira jornalística na Unisc TV, em 2009, onde atuou na produção de matérias e na operação de programação. Após atuar por anos nos setores de comunicação de empresas, em 2013 ingressou no Riovale Jornal, trabalhando nas editorias de Geral, Cultura e Esportes. Em 2015, teve uma passagem pelo jornal Ibiá, de Montenegro. Entre 2016 e 2019, trabalhou como assessor de imprensa na Prefeitura de Novo Cabrais, quando venceu o prêmio Melhores do Ano na categoria Destaque Regional, promovido pelo portal O Correio Digital. Desde março de 2019 trabalha no jornal Gazeta do Sul, inicialmente na editoria de Geral. A partir de 2020 passou a ser editor da editoria de Segurança Pública. Em novembro de 2023 lançou o podcast Papo de Polícia, onde entrevista personalidades da área da segurança. Entre as especializações que já realizou, destacam-se o curso Gestão Digital, Mídias Sociais para Administração Pública, o curso Comunicação Social em Desastres da Defesa Civil, a ação Bombeiro Por Um Dia do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, e o curso Sobrevivência Urbana da Polícia Federal.

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Cristiano Silva

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