Avançou a investigação da Polícia Civil que busca desvendar por completo um caso de homicídio que gerou repercussão no Estado. Trata-se do assassinato de Guilherme André Giehl, 25 anos, que foi morto a facadas na noite de 6 de novembro em sua residência, no Bairro Santa Tecla, em Venâncio Aires. O inquérito foi iniciado com a linha de latrocínio (roubo seguido de morte), pois os autores teriam roubado R$ 200,00 no local do crime.
Contudo, na última semana, o caso teve uma reviravolta quando a esposa de Guilherme, que tem 23 anos, confessou aos investigadores que encomendou o assassinato dele. Ela revelou ter contratado dois matadores de aluguel ao preço de R$ 800,00. Nessa segunda-feira, 14, à Gazeta do Sul, o delegado Vinícius Lourenço de Assunção revelou que a mulher será indiciada por homicídio duplamente qualificado.
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As qualificadoras, que podem ampliar a pena, serão pelo motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Não havia registros de ocorrência na delegacia da mandante contra o homem, que é pai do seu filho de 3 anos. De acordo com o delegado, a criança dormia na casa no momento em que seu pai foi assassinado. O menino está residindo atualmente com os avós paternos, no interior de Venâncio Aires.
A autora intelectual do homicídio, que não teve o nome revelado pelas autoridades, encontra-se em liberdade. Em depoimento à polícia, ela disse que o marido era agressivo e esse teria sido o motivo do assassinato. Também informou que havia acertado o crime há cerca de seis meses, não sabendo em qual dia e horário seria realizado.
No dia 6, um domingo, por volta das 23 horas, os dois criminosos bateram na porta e chamaram por Guilherme. Quando ele atendeu, foi rendido. Um dos homens ficou na sala com a mandante, enquanto o outro foi até o pátio dos fundos e esfaqueou a vítima com golpes no peito e no pescoço.
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A mulher de 23 anos disse à polícia que viu apenas uma vez um dos autores e pagou os R$ 800,00 em dinheiro para ele. Para o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, no entanto, são suspeitas algumas afirmações da mandante, como o tempo de meses entre o acerto e o crime, além do montante pago. “São elementos que não temos como comprovar, mas provavelmente ela tenha anunciado que o marido estava em casa. E esse valor, de R$ 800,00, que ela disse ter pago, é muito baixo. Isso me chamou a atenção”, disse Vinícius.
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O delegado comentou os boatos acerca da possibilidade de a mulher ter efetuado as facadas e não matadores de aluguel contratados. “A gente não descarta qualquer possibilidade, mas é algo que eu, particularmente, acho difícil.” Segundo ele, nos anos de experiência como policial, foram poucas as ocorrências do tipo em que trabalhou. “Esse crime é uma barbárie sem tamanho. Se está com problemas no relacionamento, deve procurar as forças de segurança e se afastar daquela pessoa, pedir divórcio, não simplesmente mandar matar alguém porque supostamente ele é violento”, disse Vinícius. As investigações prosseguem.
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