Polícia

Filha, ex-companheira e genro são condenados pelo assassinato de agricultor e peão

Após 18 horas de júri, três pessoas foram condenadas por um dos homicídios de maior repercussão registrado nos últimos anos na região Centro-Serra. A sessão aconteceu na última segunda-feira, 25, no Fórum de Sobradinho, e sete jurados analisaram o caso dos assassinatos do agricultor José Darício de Souza, de 43 anos, e do peão dele Mazonde Rodrigues de Nepomuceno, de 64. Eles foram mortos a tiros no município de Segredo, em 26 de maio de 2020.

Calinca Maria Lopes de Souza, de 26 anos, que é filha do agricultor, foi condenada a 45 anos de reclusão; a ex-mulher dele Hulda Maria Lopes de Souza, de 43 anos, pegou 43 de prisão; e o companheiro da filha e genro de José, João Ricardo Prestes, de 29, foi sentenciado a 35 anos e seis meses. Somadas, as penas chegam a 123 anos. A sessão foi presidida pela juíza Camila Oliveira Maciel Martins. Três homens e quatro mulheres formaram o conselho de sentença.

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O júri contou com os depoimentos de quatro testemunhas, dentre elas da delegada Graciela Foresti Chagas, responsável pela investigação do caso. Pelo Ministério Público, o promotor Renan Loss rebateu as versões afirmadas pelos réus. Segundo ele, entre outras sustentações, uma delas foi mostrar que o agricultor não era violento, como destacou sua filha e ex-esposa durante interrogatórios.

Foto: MP/RS
Foto: MP/RS

“Elas mentiram, mãe e filha. A filha, por exemplo, mudou a versão algumas vezes desde o inquérito policial. Tentaram dizer que ele abusou da filha e que batia na ex-mulher”, explicou Loss. Segundo a falar, o outro promotor, Eugênio Amorim, pediu pena máxima aos réus, e afirmou que desde o início tentaram manipular a investigação ao destacar que simularam furto.

“Tem como acreditar em uma pessoa que publicou nas suas redes, logo após o crime, que seu paizinho estava no céu, ela que admitiu aqui que pagou para matar o mesmo pai”, ressaltou. Um quarto envolvido no caso, Derlí Lopes Gonçalves, de 35 anos, apontado como o matador contratado para executar as duas vítimas, será julgado no próximo dia 20 de novembro.

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Relembre o caso

Na noite do dia 26 de maio de 2020, a filha Calinca, o genro João e a ex-mulher Hulda colocaram em prática o crime que já estava arquitetado contra o agricultor José Darício de Souza. O casal foi buscar em Candelária um matador de aluguel, Derlí Lopes Gonçalves, previamente contratado por R$ 5 mil. Eles usaram o carro da ex-mulher do agricultor. Depois disso, foram, o casal e o matador de aluguel, até a residência da vítima, na localidade de Rincão Nossa Senhora Aparecida, em Segredo.

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Lá, filha e genro, simulando uma visita ao familiar, desceram do carro e o atraíram, juntamente com seu funcionário Mazonde Rodrigues de Nepomuceno, para uma conversa dentro do imóvel. Logo depois, o matador de aluguel entrou na residência e, fingindo tratar-se de um assalto, amarrou o agricultor. O genro dele amarrou o empregado. O passo seguinte ocorreu no pátio da residência.

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O matador de aluguel levou os dois alvos até o local, ambos com as mãos amarradas para trás, e atirou na nuca deles. Os três fugiram no mesmo carro em que chegaram. Antes, porém, subtraíram uma chaleira elétrica, uma televisão e um celular. A motivação dos assassinatos, conforme os promotores, foi financeira, já que os denunciados pretendiam, com a morte do agricultor, receber uma apólice de seguro de vida em nome dele.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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