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Fifa responde queixa da CBF, mas se recusa a liberar áudio do VAR

A Fifa respondeu nesta quarta-feira, 20, a carta da CBF se queixando da atuação do juiz mexicano César Ramos e do VAR (árbitro-assistente de vídeo, na sigla em inglês) no empate da seleção brasileira em 1 a 1 com a Suíça, mas se recusou a liberar imagens ou áudio da conversa entre os árbitros.

Segundo pessoas da CBF, a Fifa não informou na carta se houve erro ou acerto na decisão. Explicou apenas como funciona o protocolo do VAR e que ele interfere apenas em erros claros. Em outros lances, a atuação é exclusiva do árbitro de campo, como aconteceu no gol de Zuber. “O ofício assinado por Pierluigi Collina (Chefe da Comissão de Arbitragem) e Zvonimir Boban (Secretário Geral Adjunto para Futebol) não analisa o mérito dos lances questionados pela CBF. Apenas reitera que a implementação do VAR nas leis do jogo tem como objetivo prevenir “erros claros e óbvios” e “sérios incidentes” que passem despercebidos e que os demais casos ficam sujeitos à exclusiva atuação do árbitro de campo”, afirma trecho de nota no site da CBF.

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Segundo a CBF, a Fifa também afirmou que os VARs não devem se perguntar, quando o árbitro toma uma decisão, se esta foi correta, mas se esta foi “clara e obviamente errada”, reiterando que a interpretação dos árbitros em todas as demais situações é e permanece a única relevante quando uma decisão é tomada. A reclamação da CBF é a de que o suíço fez falta em Miranda, mas o árbitro se recusou a pedir auxílio da tecnologia.

A Fifa informou que não vai revelar o conteúdo da carta por completo. A entidade, porém, em nenhuma ocasião, vai liberar áudios ou imagens. Elas são armazenadas para estudo da comissão de arbitragem.

Na terça-feira, 19, após o fim da primeira rodada da Copa, a Fifa disse que está satisfeita com o uso do VAR, mas reconheceu que polêmicas seguirão existindo. “A Fifa está extremamente satisfeita com o nível de arbitragem e o sucesso na implementação do VAR, que foi positivamente aceito e apreciado na comunidade do futebol”, disse a entidade.

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“É sabido que ainda haverá discussões e opiniões divididas envolvendo certas decisões”, completou a Fifa. Ao fim da fase de grupos, a entidade fará uma nova avaliação e passará os resultados aos jornalistas. Após receber a resposta, a CBF reiterou que mantém sua posição de que houve claro erro de arbitragem nos lances questionados à entidade, e que estes poderiam ter sido evidenciados com a utilização do árbitro de vídeo, e também afirmou que manter o diálogo com a Fifa evitará erros no futuro e colaborará para o aperfeiçoamento do uso da tecnologia.

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