Uma comissão da Fifa com o objetivo de melhorar a relação entre o futebol de Israel e da Palestina se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira, 26. na sede da entidade, e acertou a realização de uma sessão de acompanhamento no próximo mês no Oriente Médio. O presidente da comissão, o empresário sul-africano Tokyo Sexwale, recebeu os líderes das federações de futebol, explicou a Fifa em um comunicado.
Sexwale, que é visto como um potencial candidato à presidência da Fifa, foi nomeado em maio para liderar a comissão, criada após a Palestina retirar o pedido de suspensão de Israel da pauta do congresso da entidade. “Estou me sentindo confiante depois de ver o espírito de equipe hoje, já que ambas associações confirmaram a sua intenção de promover o diálogo”, disse Sexwale em um comunicado. “Como pudemos testemunhar no meu país África do Sul, estou convencido de que aqui também vamos unir as pessoas através do poder do esporte”.
Esse novo esforço da Fifa para melhorar a turbulenta relação remonta a um processo iniciado em 2013. Os palestinos têm reclamado por muito tempo que as restrições de segurança dos israelenses limitam a movimentação de seus jogadores, equipes visitantes e até de material esportivo. Os dirigentes do futebol israelense alegam que as decisões são políticas e estão fora do seu controle. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, visitou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para falar do assunto em maio, em sua última viagem ao exterior antes de sua reeleição. Nesta quarta-feira, a Fifa publicou uma fotografia de Blatter e Sexwale apertando as mãos dos dirigentes da Palestina e de Israel.
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“Estou muito feliz de começar o processo para encontrar soluções”, disse o presidente da Federação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, no comunicado divulgado pela Fifa. “Eu e o senhor Rajoub queremos condições justas para os nossos jogadores”, afirmou o presidente da federação israelense, Ofer Eini. A Fifa explicou que a comissão pretende realizar uma reunião no Oriente Médio em setembro. Essas conversas devem incluir dois representantes do Congresso da Fifa, nomeados por Concacaf, Conmebol ou pela Confederação de Futebol da Oceania.