A demanda reprimida e a reabertura do setor de serviços; o impulso fiscal causado pelos programas sociais; a redução de impostos e uma demanda externa ainda elevada contribuíram para manter a atividade econômica aquecida no Brasil neste ano, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A entidade apresentou nessa terça-feira, 6, em entrevista coletiva, o Balanço 2022 & Perspectivas 2023.
A expectativa para este ano é de crescimento de 3,1% na economia brasileira. Já para 2023, as previsões são de redução no ritmo do avanço, para 1%. Na avaliação da Fiergs, o resultado dependerá da capacidade do novo governo federal e do Congresso Nacional de sinalizarem a continuidade da agenda de reformas e adotarem medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas e da dívida no longo prazo. Essa condição cria um ambiente de estabilidade para que o Banco Central possa iniciar um ciclo de baixa dos juros o quanto antes.
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“A perspectiva para 2023 vai depender de como o governo conduzirá a economia, o empresariado não sabe o que virá. A indústria tem que produzir, gerar empregos e impostos. O governo tem que nos fornecer condições para podermos trabalhar”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. Ele enfatizou a necessidade de se definir o quanto antes o novo ministro da Fazenda.
Diferentemente dos resultados nacionais, a economia gaúcha deve apresentar retração de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O motivo para tanto é a estiagem, que provocou a queda da produção agrícola. Já a indústria do Rio Grande do Sul, conforme análise elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, vai apresentar um desempenho modesto em 2022, com resultados diversos entre os segmentos, mesmo diante da recuperação da economia nacional.
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Segundo a Fiergs, o crescimento esperado para 2023 no Brasil encontra como obstáculo também a tendência de acomodação no avanço do volume de serviços. Pelo lado da política fiscal, existe incerteza acerca do tamanho do gasto extra-teto que será aprovado. No entanto, uma expansão das despesas na ordem de R$ 200 bilhões traria mais impactos negativos pela via financeira e da perda de confiança do que um ganho de crescimento em decorrência do maior consumo.
Para a economia do Rio Grande do Sul, a recuperação da produção agrícola deve resultar em uma taxa de crescimento elevada no próximo ano. O aumento estimado na produção da safra de grãos é de 52,5%, conforme o IBGE. A expectativa é de alta de 5% na economia gaúcha.
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As perspectivas para a indústria não são muito diferentes de 2022. A produção deve ter mais um ano de crescimento, embora baixo. Tendo como únicos vetores positivos a normalização da cadeia de suprimentos e menores pressões sobre os custos, o PIB da indústria brasileira e da gaúcha deve crescer, em 2023, 1% e 1,2%, respectivamente. A indicação de baixo crescimento mundial, com reflexo nos preços de commodities, e o prognóstico de uma boa safra favorecem os níveis de inflação no Brasil, que deverá encerrar 2023 em 5,2%.
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