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Fiergs manifesta que novo governo precisa ouvir as entidades empresariais

Para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o presidente Michel Temer e sua equipe devem ouvir as entidades empresariais. “Mesmo que haja um período caracterizado pela interinidade, temos um novo governo. Durante todo esse tempo de paralisação da economia pela crise política, as entidades continuaram trabalhando nas suas propostas de medidas governamentais. Portanto, cumpre ao Executivo ouvir e receber as ideias”, enfatiza o pronunciamento divulgado pela Fiergs, nesta quinta-feira,12.

Segundo a entidade, dois são os pontos importantes: a indústria pode dar a resposta mais rápida na retomada econômica, com a resultante geração de empregos; e o País tem que aproveitar a oportunidade que se abriu para a exportação como fator de crescimento. Ainda, de acordo com o comunicado da Fiergs, chegou a hora de um “Pacto Econômico para o Crescimento” que coloque o setor industrial no centro das novas políticas. “A indústria quer gerar empregos. Os governos é que não deixam”, diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

De acordo com Müller, há medidas pontuais que podem ser tomadas até nos primeiros cem dias de governo. O industrial enumerou algumas decisões simples que compõem a Pauta Mínima elaborada pela Fiergs para levar à nova equipe do executivo federal. “Não aumentar impostos, nem criar a CPMF ou similar; revisão dos prazos de recolhimento dos impostos; retomada dos programas de apoio do BNDES, em especial o PSI; atualização das faixas de enquadramento do BNDES para os portes empresariais e manutenção da desoneração da folha de pagamentos”, afirma.

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Além disso, outras medidas seriam a reposição do estímulo do Reintegra para a exportação; trégua nas imposições burocráticas que pesam nos custos empresariais, como o E-Social, a NR12, NR10, NR36 e as demais Normas Regulamentadoras; agilização das PPPs visando a modernização da infraestrutura do País e a manutenção dos investimentos logísticos; regularização da terceirização; prestigiamento do negociado nas Relações de Trabalho e atualização vigorosa da tabela do Imposto de Renda para fortalecer o mercado interno.

Para o médio prazo, a Fiergs propõe a realização das Reformas Estruturais, a começar pela Política, em uma  Constituinte exclusiva para esse fim. Em paralelo, ênfase especial à Reforma da Previdência, que é uma “bomba-relógio” sobre toda a sociedade, que acabará pagando também essa conta.

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