Projetos de irrigação no Rio Grande do Sul devem se tornar políticas de Estado independentes de governos. Diante dessa constatação, a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) recebeu, segunda-feira, 19, o novo presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito, em reunião conjunta dos Conselhos de Articulação Parlamentar (Coap), da Agroindústria (Conagro), de Meio Ambiente (Codema) e de Infraestrutura (Coinfra). “É uma pauta que interessa a todo o Rio Grande do Sul, não se trata apenas de uma questão da indústria, envolve segurança alimentar e a permanência do jovem no interior”, disse o presidente da Assembleia. Ele reforçou que esse tema será prioritário em sua gestão à frente da Casa Legislativa.
Brito ouviu dos coordenadores do Coap, Cláudio Bier; do Conagro, Alexandre Guerra; do Codema, Newton Battastini, e do Coinfra, Ricardo Portella, sugestões para viabilizar avanços nas discussões de pautas que incluam a necessidade de produções agrícolas irrigadas. Isso favorece a produtividade, a qualidade dos grãos, aumenta a produção estadual e garante a estabilidade de fornecimento de matérias-primas à agroindústria gaúcha.
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Em suas apresentações, os especialistas elencaram números que demonstram haver “um caminho de possibilidades para alavancar o aumento da produção a partir de áreas e culturas irrigadas”, como lembrou Luiz Antônio Bins, consultor técnico que ajudou a elaborar o Fundopem.
A soja, por exemplo, conta com apenas 2,38% de cultivo a partir de métodos irrigados – segundo dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha. Todavia, nessas plantações, o aumento da produtividade verificado alcança 82% quando comparadas às áreas de sequeiro. No caso do milho, apenas 11,6% das lavouras apresentam algum tipo de mecanismo de fornecimento de água às plantas, com acréscimo de 199,7% no total da colheita.
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