Fiéis se reúnem para a cerimônia do Lava-pés em Santa Cruz; conheça o significado

A noite da Quinta-feira Santa foi marcada pela tradicional celebração da missa da ceia, realizada às 19 horas na Catedral São João Batista. Centenas de fiéis ocuparam os bancos do templo para orar e agradecer, mas também para acompanhar a cerimônia do Lava-pés, momento em que o bispo Dom Aloísio Dilli lavou os pés de 12 pessoas diante do altar, da mesma forma que Jesus fez com os 12 apóstolos antes da última ceia.

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Dom Aloísio explica que a celebração marca o início do Tríduo Pascal, composto pela Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Sábado de Aleluia. Esses três dias representam a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. “É o centro de toda a liturgia, porque é nele que vamos celebrar a Páscoa, e Páscoa significa passagem da morte para a vida, como já refletimos em outras oportunidades”, observa.

Ao comentar sobre o Lava-pés, dom Aloísio diz que representa o gesto de humildade e abaixamento que Jesus fez com os apóstolos. “Jesus disse ‘Eu não vim para ser servido, eu vim para servir’. Por isso é que nós devemos estar sempre a serviço uns dos outros.” Conforme o Evangelho, quando Jesus chegou ao apóstolo Pedro, esse resistiu ao lava-pés, porque naquela época era cultural o menor servir ao maior, o menos importante servir ao mais importante, os mais jovens servirem aos mais velhos.

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“Jesus então disse a Pedro: ‘Se eu não te lavar os pés tu não terás parte comigo’, ou seja, se tu não te colocares a serviço do mandamento do amor, não poderá participar do meu reino”, acrescentou. Diante desse contexto, a cerimônia é repetida para recordar o gesto de Jesus. Na mesma ocasião são celebradas a eucaristia e o sacerdócio, tendo em vista que a última ceia foi realizada na Quinta-feira Santa, quando Jesus também ordenou os apóstolos como os primeiros presbíteros, para que dessem continuidade ao seu trabalho.

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Emoção

Entre as 12 pessoas que tiveram os pés lavados pelo bispo estão Horizontina Greiner, de 73 anos e Horacinda Lopes Teixeira, de 84. Muito religiosas, elas garantem que o momento foi único. “Já acompanhei muitas cerimônias, mas essa foi a primeira vez que tive os pés lavados. Foi um momento único”, afirma Horizontina.

Já Horacinda descreve a sensação com apenas uma palavra: felicidade. “Quando passou aquela água sagrada parece que eu senti uma vida nova. Tomara que eu ainda tenha muitos anos pela frente.” Elas são da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, do Bairro Belvedere.

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