Esta quarta-feira, 22, marca o início da Quaresma, etapa de reflexão para a Páscoa. O período litúrgico vai até o domingo de Páscoa – neste ano, celebrada em 9 de abril. A Quaresma é uma jornada de revigoramento da fé, em preparação para a paixão, morte e ressurreição de Jesus, na Semana Santa. Nestes 40 dias, as igrejas cristãs convidam os fiéis a percorrer o caminho da santidade baseados em três pilares fundamentais: oração, jejum e caridade.
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Em razão da data, a Diocese de Santa Cruz do Sul realizará celebrações em diversas paróquias. Na Catedral São João Batista, o bispo dom Aloísio Alberto Dilli conduzirá a missa às 18h15. Na ocasião, também será realizado o lançamento da Campanha da Fraternidade 2023, que tem como tema “Fraternidade e fome” e lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mateus 14:16). A mobilização é articulada pela Igreja Católica no Brasil como forma de contribuir no enfrentamento do flagelo da fome. É a terceira vez que a Campanha da Fraternidade aborda essa temática.
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Ainda no decorrer da celebração, serão abençoadas as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o pároco da Catedral e coordenador da pastoral, padre Rodrigo Hillesheim, disse que a ação é um rito penitencial para recordar que os seres humanos são o pó e ao pó retornarão. “Precisamos nos voltar a Deus, no sentido penitencial, e reconhecer nossa condição frágil e pecadora. Precisamos da ajuda e da misericórdia de Deus”, afirmou.
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Compromisso de caridade
Na entrevista para a Rádio Gazeta, José Carlos Stoffel, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Candelária e coordenador diocesano do Serviço de Caridade, explicou que a Campanha da Fraternidade, lançada nessa terça-feira, 21, é uma expressão organizada pelas igrejas do Brasil para tornar visível o compromisso da caridade. “É tornar público o nosso testemunho de conversão. A campanha é um convite e tem o objetivo de sensibilizar a sociedade e a própria igreja para enfrentar o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs”, reiterou.
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Ainda segundo Stoffel, o maior problema que afeta as comunidades não é o pecado, e sim a omissão. “Nós somos a igreja do pão, o centro da nossa fé é a eucaristia. É um imperativo da fé, da ética cristã, porque senão a igreja perde a sua legitimidade”, declarou. Um gesto importante, incentivado pela igreja, é o jejum como renúncia corporal. “Se eu for fumante, posso fumar uma carteira a menos. Se eu gosto de tomar chope, tomar um a menos. A ideia é transformar isso em um recurso para o Domingo de Ramos, que inicia a Semana Santa e a coleta nacional da solidariedade”, lembrou.
Os recursos serão arrecadados no fim de semana dos dias 1º a 2 de abril nas celebrações que ocorrerão nas comunidades da Diocese de Santa Cruz. Do total arrecadado, 60% fica na própria diocese e é gerido pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), com o objetivo de apoiar iniciativas e projetos locais. O restante vai para o Fundo Nacional da Solidariedade (FNS), administrado pelo Departamento Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Colaborou o jornalista Leandro Porto.
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