Semana passada, Gilmar Mendes voltou à cena. Participou da inauguração de uma obra pública (nova BR-163) em Diamantino, Mato Grosso, sua cidade natal, ao lado do seu irmão, recém-eleito prefeito.

Como se trata de um ministro do Supremo Tribunal Federal, instância máxima e inapelável, deveria ter recusado o convite. Afinal, seu cargo e encargo determinam elevada liturgia e comportamento discreto. Já era.

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Gilmar Mendes também é destaque por seu “gilmarpalooza”, congresso sociojurídico de advogados, juristas, empresários e lobistas, reunidos sem constrangimento institucional. Sem inibição. Em Lisboa!!!

Carmen Lúcia. No final do ano, no natal da Rede Globo, particularmente no Programa Fantástico, a ministra Carmen Lúcia participou do “amigo-secreto”. Publicidade e vedetismo em rede nacional. Que fofo!

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmen Lúcia não surpreende mais ninguém. Outro dia, falando acerca da justificativa por abstenção, cogitou de mudar o regulamento para provocar/forçar a ida do cidadão às urnas.

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Além de reflexão soberba e arrogante, revelou (ou fingiu?) não saber que a elevada ausência (abstenção) dos eleitores está diretamente ligada à decadência institucional dos poderes de Estado.

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Aliás, durante o processo eleitoral de 2022, Carmen Lúcia defendeu a censura por alguns dias. Ou seja, a liberdade de expressão relativa. Com certeza, inspirou-se nas reflexões filosóficas de Lula, que defende a democracia relativa.

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Vale-peru

Mas a campeã dos dias recentes foi a desembargadora presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, Clarice Claudino da Silva. Com a maior “cara-dura”, autorizou um crédito de R$ 10 mil a cada desembargador e servidor. O vale-peru!

Como houve enorme e negativa repercussão, um ministro do Conselho Nacional de Justiça CNJ) mandou cancelar/devolver o vale-peru, por considerar o valor exorbitante. Valores ainda não devolvidos.

Também essa decisão é ridícula e ofensiva. Não se trata do valor. Se trata do gesto, do ato. Poderiam ter sido R$ 100,00, já seria um absurdo. Em resumo, o caso confirma a famosa prática nacional: se colar, colou!

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Em resumo, a tranquilidade operacional e extrativa da elite estatal brasileira (não está nem aí!!!) consolida-se à custa da humildade, da pobreza e da ignorância (desinformado e de pouco estudo) do povo brasileiro.

Uma pesquisa do PoderData (Poder360), realizada de 14 a 16 de dezembro de 2024, mostrou que apenas 12% dos brasileiros consideram o trabalho dos ministros do STF como “bom” ou “ótimo”.

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Roda de café

Conversas entre amigos.
Alguém diz: “Tem muita gente com problemas de conexão”.
O outro pergunta: “Com a internet?”
O primeiro responde: “Com a realidade!”

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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