Festival Santa Cruz de Cinema: olhares, risos e emoções daqui

Produções audiovisuais locais ganharam um espaço privilegiado durante a Mostra Olhares Daqui, na noite desta segunda-feira, 24, primeiro dia do 5º Festival Santa Cruz de Cinema. O evento, que foi realizado no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), apresentou seis curta-metragens produzidos por santa-cruzenses ou alunos da universidade.

Criado em 2018, o Festival vem ganhando cada vez mais força e dando luz a filmes que a cada ano se superam no quesito qualidade. Neste sentido, percebe-se a relevância do destaque para os produtores de conteúdo da região. “Temos várias pessoas da cidade fazendo cinema, então desde o início achamos super importante ter essa representatividade”, ressaltou Maiara Fantinel, que é uma das organizadoras do evento.

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A apresentação dos curtas foi prestigiada por um auditório lotado. “Foi a melhor primeira noite de todas, tivemos aproximadamente 600 pessoas no auditório, foi maravilhoso. O debate rendeu bastante, as pessoas se envolveram. Começamos com o pé direito”, comemorou Rudinei Kopp, um dos organizadores do festival. Além de outros públicos, participaram alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves e da Escola Estadual de Ensino Médio José Mânica. Os seis filmes arrancaram gargalhadas, expressões de espanto e muita emoção dos espectadores.

O professor e coordenador dos cursos de graduação em Comunicação Social e Fotografia da Unisc, Willian Araújo, enfatizou que o audiovisual necessita de espaços como o que o Festival Santa Cruz de Cinema oferece. “O cinema independente é uma forma de criar novos imaginários, de nos fazer acreditar que o Brasil pode ser diferente, que a gente pode ter outras formas de se enxergar enquanto sociedade.”

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Homenageado pelo curta Olhares, de Laura Zimmer Helfer e Luis Alexandre, o fotógrafo Lula Helfer, que tem mais de 60 anos de experiência, emocionou-se durante a apresentação do filme. “Era pra ser um projeto de faculdade, não imaginei que teria essa projeção. A fotografia é uma paixão para mim, é algo que me completa”, afirmou o homenageado e também pai da cineasta.

O mais ovacionado pelo público presente foi Refém Intergaláctico, de Douglas ‘Top Gun’ Martins. O curta mescla ação, suspense e comédia, com muitos efeitos especiais e caracterizações peculiares. “Eu participei de um reality show e com isso eu aprendi muito sobre esses efeitos. Sobre as máscaras, eu tenho um amigo que fez. Acho que no total, eu gastei uns R$ 100,00”, contou Martins, arrancando mais risada da plateia.

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Ao fim da exibição dos curtas, os realizadores das produções participaram de um debate, mediado pelo professor e doutor em Comunicação Leonel Aires.

Mostra competitiva do Festival Santa Cruz de Cinema começa nesta terça-feira

A partir das 19 horas desta terça-feira, 25, no Auditório Central da Unisc, será aberta oficialmente a Mostra Competitiva. No evento, que tem entrada gratuita, serão exibidos seis filmes. De acordo com Ulisses Da Motta, cineasta, professor e crítico audiovisual, que está na cidade a convite do Festival Santa Cruz de Cinema, todas as noites da competitiva vão ter uma variedade de conteúdos. “O público pode esperar uma grande diversidade de estéticas e temáticas, que é uma das tônicas do cinema brasileiro contemporâneo, em especial nesse período pós-pandemia”.

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O 5º Festival Santa Cruz de Cinema é uma realização do Sesc/RS – Unidade Operacional Santa Cruz do Sul, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e da Pé de Coelho Filmes, com patrocínio de JTI, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e Município de Santa Cruz do Sul. O apoio é da Gazeta Grupo de Comunicações, Proeza Beer, Brás 1532, Legend Music & Bar, Amigos do Cinema, Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc), Gaveta Bar e Brasserie Chef Davi.

Filmes que serão exibidos nesta terça-feira

• Cineminha no Beco, de Renato Oliveira (Rio de Janeiro, 15 minutos)
• Em nome do pai, de Diego Müller( Rio Grande do Sul, 20 minutos)
• Pausa para o café, de Tamiris Tertuliano (Paraná, 5 minutos)
• Qual é a grandeza?, de Marcus Curvelo (Bahia, 12 minutos)
• Sinal de Alerta: Lory F, de Fredericco Restori (Rio Grande do Sul, 18 minutos)
• Fantasma Neon, de Leonardo Martinello (Rio de Janeiro, 20 minutos)

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