Cultura e Lazer

Festival de Cinema Acessível Kids chega a Porto Alegre

No próximo fim de semana, Porto Alegre reprisa importante iniciativa artística e cultural inclusiva de abrangência nacional. No sábado, 23, às 14 horas, na Cinemateca Paulo Amorim (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico), todos poderão ir ao cinema juntos, pessoas com deficiência e sem deficiência, em atração cultural já tradicional na cena da Capital e com crescente aclamação nacional. O filme a ser exibido é Aladdin. Já no dia 27 de março haverá duas sessões do mesmo filme projetado exclusivamente para escolas, às 9 e às 14 horas (as duas sessões já estão lotadas).

Os filmes, com Libras, audiodescrição e legenda descritiva, podem ser vistos por pessoas com deficiências auditiva, visual, cognitiva e intelectual. As tecnologias são produzidas e apresentadas pelo Som da Luz Estúdios. Com nove anos de existência e tendo levado mais de 22,3 mil pessoas ao cinema em cidades gaúchas, catarinenses e de outros estados, o Festival de Cinema Acessível tem recebido forte reconhecimento nacional e amplia o seu alcance. Já foram 118 apresentações em 39 cidades.

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“A apresentação em Brasília, no Senado, foi um sucesso. Recebemos a chancela do Senado, além da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Unesco. Em São Paulo também se multiplicou. Teremos nova apresentação do festival kids (voltado para o público infantil) em Fortaleza, Campo Grande e Brasília (que tem programação anual)”, frisa Sidnei Schames, idealizador e coordenador do festival.

O filho de Sidnei, David, aos 8 anos, projetou a versão Kids para incluir também as crianças, estreando nessa proposta em 2017. Foi a partir de uma conversa entre pai e filho. Também com a versão Kids, em 2022 foi se expandindo, por meio do projeto proposto pela OSC Mais Criança. Participou da 36ª edição do Criança Esperança, onde o projeto ganhou maior relevância, com presença também das edições de 2023 e agora na deste ano.

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O festival é oportunidade preciosa e única para quem nunca teve a experiência de ir ao cinema. Para pessoas com deficiência auditiva ou visual, seus amigos, acompanhantes ou familiares, é a chance de viver uma grande experiência, de tentar se colocar no lugar do outro e ter uma vivência extremamente enriquecedora.

“As pessoas com deficiência costumam definir a experiência como libertadora”, cita Schames. O evento tem forte cunho educativo ao possibilitar que crianças, jovens e público em geral convivam com as diferenças e aprendam a exercitar a empatia.

O formato pelo qual as tecnologias são inseridas nos filmes é pioneiro e único: são apresentadas de forma simultânea e sem sobreposição à obra.

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Esforço em favor da inclusão

O Som da Luz tem como premissa de trabalho a acessibilidade como condição indispensável para possibilitar às pessoas com deficiência o exercício pleno da cidadania e dos direitos e liberdades fundamentais, buscando lhes assegurar o acesso em igualdade de oportunidades. Desde 2010, investe no aprimoramento da apresentação das tecnologias de acessibilidade em conteúdo audiovisual, tornando-se uma referência de qualidade técnica no Brasil.

O Festival de Cinema Acessível, projeto inovador e pioneiro na América Latina, tem nove anos, trazendo obras que contam com audiodescrição, legendas descritivas e língua brasileira de sinais. Os recursos gerados pelo Som da Luz são apresentados de forma simultânea e aberta e, desde 2015, sem sobreposição à obra original, denominado pelo público frequentador de “Formato Som da Luz.”

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As obras contam com os recursos de audiodescrição, legendas e Língua Brasileira de Sinais. A audiodescrição permite ao público com deficiência visual (pessoas cegas ou com baixa visão) ter acesso aos filmes através da descrição dos elementos visuais da obra. O recurso beneficia ainda espectadores com autismo, síndrome de Down, déficit intelectual, dificuldade de concentração e problemas neurológicos.

SERVIÇO

Filme: Aladdin, dia 23 de março, às 14 horas, e dia 27 de março, duas sessões para escolas, às 9 horas e às 14 horas. Entrada franca.
Local: Cinemateca Paulo Amorim, Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico, Porto Alegre
Produção: O Som da Luz tecnologias de inclusão, Lei de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet.
Apoio: Bem Promotora, Abbraccio, Total Seguros, Gontof Comunicações, Natura expressão, Outback, RBS TV, Dextera, Camale, iQueest, Sopa Digital, Senado Federal, Mundo Melhor, Cinemateca Paulo Amorim e governo federal.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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