O domingo de Páscoa, 20, foi marcado não só pelo céu ensolarado em Santa Cruz do Sul, mas também pelo colorido dos balões que alçaram voo durante o 3º Festival de Balonismo e Manobras Radicais. Já nas primeiras horas da tarde, centenas de pessoas vindas de diversas cidades da região e de outros estados lotaram o Parque da Oktoberfest, especialmente no entorno do campo do Poliesportivo, onde os pilotos montaram a estrutura para inflar os balões. Os tecidos coloridos expostos no gramado chamaram a atenção do público antes mesmo de ganharem forma e de subirem para os ares.
A movimentação das equipes de balonismo era acompanhada de perto por famílias como a do caminhoneiro Davi Silveira, 41 anos, de Rio Pardo. Ele, a esposa Tatiane de Oliveira, de 39, e as filhas Ana Caroline, de 21, e Sofia, de 9, chegaram cedo no parque e garantiram um lugar em meio ao campo para poder assistir de perto aos voos. Sentados lado a lado, os quatro afirmaram que, se pudessem, voariam.
Publicidade

Para nós quatro se torna um investimento mais ‘pesado’, mas a gente gostaria de fazer o voo”, disse Davi. Pelo fato de estar seguidamente fora de casa por conta das viagens a trabalho, ele informou que estava aproveitando o feriado prolongado de Páscoa para também curtir a família. “A gente pode ficar mais tempo junto e já aproveitamos para assistir aos voos. Tínhamos essa curiosidade”, destacou, observando que estavam conferindo pela primeira vez o festival.
LEIA TAMBÉM: Festival de Balonismo atrai famílias em Santa Cruz
Da mesma forma, Leonardo e Liliane Mueller, ambos de 40 anos, de Vera Cruz, estreavam entre o público do evento. Na companhia dos filhos Guilherme e Gustavo, de 5 e 3 anos, o casal curtia os instantes antes dos voos com brincadeiras em meio ao campo do Poliesportivo. “Chegamos há pouco de viagem e viemos direto para assistir. Também aproveitamos para trazer a família do meu cunhado, que mora em Concórdia, em Santa Catarina, para conhecer”, explicou Liliane. Ela também relatou a vontade de fazer o voo de balão. “Gostaríamos muito, mas ainda não tivemos a oportunidade”.
Publicidade

Além dos catarinenses, foi registrada a participação de pessoas vindas da Argentina, do Mato Grosso e do Paraná, de acordo com um dos organizadores do evento, Talles Martins, da Point Produções. Essa diversidade de público, conforme avaliou, reitera a importância do Festival de Balonismo para Santa Cruz do Sul e também para o turismo.
A expectativa de “ganhar o céu”

Mais de dez balões foram inflados e coloriram o céu azul de Santa Cruz do Sul. Em um deles, três lugares estavam reservados para a santa-cruzense Sandra Hippler, de 58 anos, seu filho João Ricardo de Deus, de 38, e sua nora Daiana Gobbi, de 37. João e Daiana vieram de São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina, e fizeram dupla estreia: na participação do festival e do voo de balão. Daiana revelou que gostaria de ter essa experiência e João disse que aproveitaria a oportunidade para superar o medo de altura.
LEIA TAMBÉM: Festival de Balonismo e Manobras Radicais movimenta Santa Cruz e região
Publicidade
“Ele vai ter que deixar o medo no chão”, brincou Daiana. Sandra, por sua vez, disse que gostaria de ter uma nova vista da cidade quando estivesse nas alturas. “É também um misto de curiosidade e de liberdade”, sublinhou.
As pessoas que não voaram pela cidade tiveram a oportunidade de fazer voos cativos em um balão que ficou amarrado a uma altura de 50 metros. O balão, aliás, foi a novidade da edição deste ano e representava a nave do Show da Xuxa.
Encerramento com retrospecto positivo e dia de clima perfeito para o público
Após cinco dias de voos de balão, diversas atrações e olhares voltados para o céu, a terceira edição do Festival de Balonismo e Manobras Radicais de Santa Cruz do Sul chegou ao fim na tarde de ontem. A despedida foi marcada por um dia ensolarado e de temperaturas agradáveis, um clima perfeito para que dezenas de famílias se dirigissem ao Parque da Oktoberfest e acompanhassem os últimos instantes do espetáculo aéreo que coloriu o céu.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Um voo para abrir o festival
Um dos responsáveis pelos voos foi Sérgio Jung, piloto da Jung Balonismo. Atuando no ramo desde 2015, Sérgio acumula cerca de 860 horas de voo. Ele iniciou sua carreira em festivais realizados em Torres, mas atualmente também atua na região e em outras cidades onde é convidado.

Durante o evento em Santa Cruz, Sérgio realizou de um a dois voos por dia, geralmente com grupos de cerca de dez pessoas. O piloto explicou que, para levantar voo, é preciso respeitar as condições climáticas. “Não pode estar chovendo, e o vento na superfície precisa estar entre 10 e 12 quilômetros por hora”, detalhou. Além disso, são necessários pelo menos 70 quilos de gás propano para a realização de um voo com duração aproximada de 50 minutos.
Publicidade
O que começou como um hobby em um festival de balonismo em Torres acabou se tornando um negócio para Sérgio e sua esposa, que também atua no segmento ao lado de outros dois funcionários. Com um sorriso no rosto, o piloto expressou a satisfação de trabalhar com o que ama. “Era só uma atividade de lazer, e com o tempo acabou se tornando um negócio”, disse.
Acolhimento da comunidade
Além dos tradicionais voos de balão, a programação contou com shows musicais, ruas de fogo, atividades para o público infantil e atrações como show truck, carros e motos. Também foram montados um parque de diversões e uma área de gastronomia especialmente para o festival.
LEIA TAMBÉM: Público lota o Parque da Oktoberfest para conferir os voos
Um dos coordenadores do evento, Talles Martins, avaliou positivamente a realização de mais uma edição. O organizador demonstrou felicidade com o acolhimento da comunidade. “Nós vimos o público abraçando o balonismo, não só aqui dentro do parque, mas também nas casas, abanando para os balões”, relatou. Segundo Martins, cerca de 100 voos foram realizados ao longo de todo o evento.

O balão da Xuxa foi um dos grandes destaques das atividades no parque. Nele, muitas pessoas participaram do voo cativo – modalidade na qual o balão permanece preso ao solo por cordas, podendo atingir até 50 metros de altura. “Foi um momento de nostalgia para muitos e também encantou as crianças”, completou Talles Martins.
LEIA MAIS SOBRE SANTA CRUZ DO SUL
quer receber notícias de Santa Cruz do Sul e região no seu celular? Entre no NOSSO NOVO CANAL DO WhatsApp CLICANDO AQUI 📲 OU, no Telegram, em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça agora!