“Fadiga mecânica é o fenômeno de ruptura progressiva de materiais sujeitos a ciclos repetidos de tensão ou deformação. O estudo do fenômeno é de importância para o projeto de máquinas e estruturas, uma vez que a grande maioria das falhas em serviço são causadas pelo processo de fadiga – cerca de 95%.” Essa é a definição de “fadiga dos metais”, mal que acomete máquinas, equipamentos e… pessoas com mais de 60 anos, como este que vos escreve.
A idade, somada ao estilo de vida sedentário por excelência, começa a cobrar o preço a cada dia. Há muitos anos sofro com crises repetidas do nervo ciático, situação apelidada pela minha falecida avó de ”nervo asiático”. São dores lancinantes que sinto ao realizar os movimentos mais simples do cotidiano. Pelo menos duas vezes por ano, acordo e nem sequer consigo calçar as meias ou secar o vão dos dedos dos pés depois do banho matinal. No ano passado, num desses episódios, sequer consegui dirigir. Tive que chamar um Uber e o motorista precisou me ajudar a desembarcar na frente da clínica, retirando um pé de cada vez de dentro do veículo.
Uma injeção/infiltração/bloqueio e alguns analgésicos resolviam o problema, mas na semana passada a crise se prolongou, com dores ainda mais fortes. E se mantém enquanto escrevo estas mal traçadas linhas em plena manhã de domingo.
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Por sugestão da minha afilhada – que é médica – fui a uma fisioterapeuta para encarar com seriedade o problema. A dor é implacável, comprometendo meu cotidiano profissional, que exige muitas horas sentado. Já foram duas consultas com muito exercício, testes para medir restrições e “encurtamentos” nas pernas, braços e coluna. Ou seja, o objetivo é medir o índice de ”ferrugem” que me acometeu, resultado de muito tempo sem atenção à qualidade de vida e saúde.
A doutora Patricia Menzen é jovem, bem articulada e gosta de conversar bastante para conhecer o paciente, além de preencher diversos questionários. Ao contrário de outros sessentões, eu gosto de me tratar com profissionais jovens. Muitos seguem a carreira dos pais e trazem ensinamentos consolidados que se somam às novidades tecnológicas. Além de um programa de consultas, terei que me disciplinar para cumprir um roteiro de exercícios diários em casa. “Sem a tua contribuição os problemas continuarão e, pior, vão se agravar com crises mais frequentes e intensas”, avisou a dra. Patricia.
O alerta alterou minha rotina. As consultas servirão de base para retomar os exercícios físicos. Com vida sem caminhadas, somada à alimentação errática e equivocada, imagino que – como a fisioterapeuta avisou – as dores serão companheiras frequentes. Por isso, espero ter forças para não desistir e permitir que a “ferrugem” tome conta do meu ser.
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