Gosto do ritmo de períodos de férias. Voltei ao trabalho esta semana após 20 dias de descanso e posso sentenciar: o relógio “caminha” diferente quando estamos fora da rotina. Dispenso despertadores e procuro aproveitar ao máximo essas pausas que julgo necessárias para o bem-estar. Sempre que posso, incluo algum plano de viagem nestes períodos. Em tempos de pandemia, as saídas que fiz foram adaptadas ao momento.

No inverno do ano passado, por exemplo, a opção foi por uma cabana no meio do mato em São Francisco de Paula. Com população estimada pelo IBGE em 21.871 habitantes, parecia um destino que trazia certa tranquilidade. Fugi de qualquer aglomeração e ainda pude aproveitar bons passeios nas belas paisagens serranas. Aliás, para quem não conhece, recomendo uma volta em torno do lago São Bernardo e visitar o Parque das 8 Cachoeiras, duas opções de lazer ao ar livre, contemplando os encantos da natureza. Foram bons dias de calmaria, para desligar a mente no meio de um ano tão severo.

Neste verão, não queria abandonar a ideia de colocar os pés na areia e ouvir o som do mar. Desde criança, tenho o costume de ir para Tramandaí. A chegada da Ômicron levantou dúvidas quanto à segurança do passeio ao litoral. Mas a aposta foi em planejar a viagem da praia “com protocolos”. Em anos anteriores, o apartamento estaria com lotação máxima, a sala serviria de quarto e sempre caberia mais um. Em 2022, quatro adultos e uma criança parecia de bom tamanho. Pegamos a estrada rumo à Freeway levando um estoque de mantimentos, para evitar ao máximo a ida ao mercado. Os devidos cuidados foram tomados: ao sair de casa, máscara no rosto (além de um bom filtro solar). Ao chegar na areia, o objetivo era buscar o espaço ideal para manter distanciamento dos demais guarda-sóis – meta alcançada com sucesso. O convidativo bar à noite ou a ida para bater pernas no centro, neste ano, ficaram de fora do roteiro.

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Na volta para Santa Cruz, bate aquela dúvida: mesmo com toda essa cautela, será que não há chances de estar com Covid, mas sendo assintomática? Levando em conta que vinha de uma cidade que é destino de muitos gaúchos nesta época, aproveitei que o Projeto Testar estava em andamento para me certificar. Aos 40 graus na sombra, aguardei pacientemente minha senha ser chamada. Passo álcool gel, faço a triagem e aguardo os famosos “cotonetes” que invadem as narinas com pretensões, talvez, de chegar ao cérebro. Ok, são só alguns segundos de incômodo, logo passa. A equipe da rede de saúde, por sinal, muito atenciosa, orientou a aguardar o resultado. Foram cerca de 30 minutos de angústia, vendo que o número de pessoas ao meu redor que positivavam para a Covid, mesmo sem sintomas, era significativo. Ainda bem, não foi o meu caso. Com o resultado negativo em mãos, posso ir para casa mais tranquila.

A semana foi de retomada dos trabalhos e projetos do ano. Por aqui, sigo na torcida para que a situação melhore o quanto antes. Na esperança de um futuro com mais vacinados e menos internações e óbitos. Será que já posso planejar as próximas férias com um novo destino e menos restrições? Quero muito! Enquanto isso, espero mais um presente neste verão: minha terceira dose, que pelos meus cálculos, estará me esperando em duas semanas.

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