Felipão recusa seleção peruana e direção do Grêmio nega caça por reforços

Diante das especulações da imprensa peruana sobre negociações para assumir a seleção do Peru, Luiz Felipe Scolari não se manteve calado. Em nota divulgada no Twitter por meio de assessoria de imprensa, no começo da tarde desta quinta-feira, o treinador do Grêmio admitiu que teve um primeiro contato com a Federação Peruana de Futebol, mas negou que as duas partes tenham chegado a tratar de valores sobre um possível acerto.

De acordo com o jornal El Popular, um dos entraves para que Felipão tenha saído da mira da seleção peruana foi o alto salário recebido pelo treinador ao longo de 2014, entre as passagens pela Seleção e pelo Grêmio: 6,2 milhões de dólares (R$ 16,8 milhões). Tal valor foi tratado como “irreal” pelo diretor esportivo da federação local, Juan Carlos Oblitas, para viabilizar a contratação.

Alberto Tejada, presidente da Federação Peruana de Futebol, foi o responsável direto pelo contato. Em janeiro, durante a pré-temporada do Grêmio na cidade de Gramado, Felipão desconsiderou o tema após notícias serem divulgadas no Peru.

 

Presidente mantém confiança na política de austeridade financeira

A derrota para o Aimoré não era esperada nos bastidores. Mas também não influencia em nada a política de austeridade financeira e aposta nas categorias de base que o Tricolor mantém para o primeiro semestre desta temporada. O presidente Romildo Bolzan Júnior é categórico em rechaçar qualquer tipo de nova negociação neste momento. Inclusive negando a possibilidade de negócio com o atacante Dagoberto. Embora no futuro um ou outro reforço possa chegar, nas competições de maior exigência. 

Para trazer alguém, o Grêmio ainda precisa se livrar de Edinho e Kleber. Os dois estão treinando separado do elenco principal e aguardam por propostas. Com o atacante o tricolor inclusive conversa em busca de uma rescisão contratual. O salário pago para a dupla poderá ser repassado a novos atletas no futuro.

“O time inteiro está sendo observado, mas não vai ser depois de uma derrota que vamos tomar uma decisão. A nossa política de reestruturação da governança terá prosseguimento, daremos encaminhamento a ela. Se lá adiante tivermos necessidade de buscar um ou dois jogadores para qualificar o plantel, vamos considerar”, disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio.

Felipão já havia deixado no ar, pouco antes de Barcos acertar a ida para China, que o Grêmio planejava trazer reforços. Depois de levar 2 a 1 em São Leopoldo e ver o time ser previsível, sem nem poder de reação, o técnico fatalmente aumentou as dúvidas sobre o futuro.

“Naturalmente tenho que ficar preocupado. Se uma equipe como o Grêmio vem aqui, sofre dois gols e não tem poder de reação é porque tem algo errado. Vamos ter que analisar bem”, comentou o treinador.

ainda há jogadores por retornar. O zagueiro Pedro Geromel está em recuperação de lesão, assim como o volante Ramiro. O mesmo vale para Giuliano, com previsão de retorno aos treinos no final de fevereiro. Walace volta da Seleção Brasileira e fica à disposição na próxima semana. E Erazo deve estrear no domingo, contra o Avenida, em Santa Cruz do Sul.

“Não tenho nenhuma preocupação porque temos um planejamento que faz parte do contexto, que é o aproveitamento da base. No primeiro tempo estivemos aquém, no segundo tempo, quando entrou os mais jovens, melhoramos. É o que temos que fazer, manter a política. Podemos perder no início do campeonato. É bom para alertar, corrigir. Estou esperançoso e convencido que com o que estamos fazendo e executando como política de futebol, renovação com o plantel da base, estamos no caminho certo. Não tenho nenhum receio”, disse, confiante, Bolzan Jr.