Sabe aqueles carros que têm cambio automático, tração nas quatro rodas e 3.0 de potência? Para enfrentar morros, lamaçais, pedregulhos e estradas ruins, com força e velocidade?
Pois é assim que vejo a necessidade imediata do Brasil. Chega de políticos e governantes 1.0 e de baixa capacidade de vontade (potência). Mas, se temos certeza sobre a ruindade do “velho”, como julgar e avaliar de antemão o que se diz e espera do “novo”? Diante das nossas habituais práticas irresponsáveis e inconsequentes, o que significa se afirmar como “novo”?
Marqueteiros, analistas e estrategistas políticos afirmam o “novo” como provável saída e solução das atuais circunstâncias sociopolíticas negativas. Mas, irônica e contraditoriamente, ninguém deixa de falar dos “dinossauros” Lula, Temer, Dilma, Ciro Gomes, Marina, entre outros, a exemplo do tiranossauro-rex Bolsonaro. Por que insistem em relembrar aqueles que não oferecem nada mais senão o mesmo e culpar os outros?
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Mas, e se responsável não é o outro, quem é? Ora, somos todos nós, adoradores do estado, das mordomias, das vantagens e vales, da estabilidade e do direito adquirido. Entre pobres, ricos e remediados, somos a república da esperteza, do coitadismo e do vitimismo!
As principais nações estão discutindo o futuro. Antecipando-se e precavendo, pesquisando, estudando e criando novas tecnologias e alternativas aos problemas sociais, ambientais e econômicos.
Entre nós, por exemplo, quais os debates e prováveis soluções para desafios como envelhecimento e longevidade da população? Além da questão dos benefícios financeiros e previdenciários, como disponibilizar saúde, hospitais e medicamentos?
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Petrobras. Pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo. Extração e distribuição administradas por uma empresa corrupta e serviçal dos poderosos da hora. À direita e à esquerda, como se pode ver confirmado na sucessão de escândalos. Mas há quem insista que os Estados Unidos estão de olho no pré-sal.
Enquanto isso, inúmeros países estudam e encontram soluções e alternativas para combustíveis alternativos não fósseis, como energia eólica e solar. Várias cidades mundo afora já fixaram data para o fim dos carros a gasolina. E nós? Um passo à frente e dois para trás. Atolados e presos ao passado. Que falta de assunto, de estudo e qualidade de argumentos. E repetindo a mesma ladainha:
“A culpa é dos outros. Querem nosso petróleo. Querem nossa água. O juiz de Curitiba é um espião e serviçal norte-americano. Reforma previdenciária e trabalhista é coisa do demônio.” E por aí a coisa vai, de mal a pior. Nossa situação faz lembrar aquele filme da marmota, Feitiço do Tempo. Diariamente acordamos presos ao presente (passado!) e repetimos rotineiramente os maus hábitos, à espera de um milagre transformador.
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