As agroindústrias de Santa Cruz do Sul apresentaram na tarde dessa quarta-feira, 20, na Feira Rural Central, uma série de produtos que estão adequados à legislação e agora podem ser vendidos em qualquer estabelecimento comercial. Entre eles estão paníficos, itens de origem animal, doces, frutas e vegetais, bem como os processados a partir deles. Após a cerimônia, todos os que estavam na feira, entre clientes, feirantes e responsáveis pelo projeto, foram convidados para uma degustação.

Desde 2022, a Secretaria Municipal de Agricultura, responsável pela coordenação das feiras rurais, realiza um trabalho para promover a legalização dos feirantes envolvidos na produção de processados. O objetivo é transformar o negócio familiar, que muitas vezes é informal, em agroindústrias legalizadas e que cumprem requisitos como adequação das estruturas físicas, controle de pragas, boas práticas na manipulação de alimentos, rotulagem e outros. No rótulo, constam informações importantes de procedência, composição, validade e acondicionamento.

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De acordo com o titular da pasta, Décio Hochscheidt, o trabalho começou para cumprir a Lei Municipal 9.100/2022, que criou o Programa Municipal da Agroindústria Familiar, cujo propósito é desburocratizar a atuação dos estabelecimentos familiares. “Queremos que os clientes que vão até as feiras possam adquirir produtos processados em boas condições e de qualidade.” Ele destacou a relevância econômica dessa produção local e os benefícios de consumir produtos in natura ou minimamente processados.

Hoje são sete agroindústrias locais já adequadas e outras 13 estão com o processo em andamento. “Assim que o produtor nos procura para demonstrar interesse, ele já recebe a visita dos nossos técnicos, que vão explicar todas as exigências de documentação, estruturas e tudo mais.” O secretário destacou ainda a preparação da infraestrutura para a abertura da 12ª feira rural de Santa Cruz do Sul. O espaço está sendo construído junto à Praça Clari Wildgen, na Rua Venezuela.

Mudança perceptível

Para o piscicultor Edson Daniel Schuck, que está na atividade de produção e da venda de pescados desde 2015 e já se adequou às exigências da legislação, a melhoria é perceptível. Segundo ele, fica mais fácil vender os produtos com embalagem e rotulagem adequada, e há mais tranquilidade para trabalhar sabendo que não há nada que possa ser questionado. Ele frisa a importância do abatedouro de peixes que funciona junto à antiga Granja Municipal. “Muitos vendiam somente durante a Semana Santa, mas agora temos maior disponibilidade e as vendas cresceram muito.”

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