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Isolados

Feira foi cancelada, mas livreiros tiveram de ficar

Foto: Rafaelly Machado

Paulo Roberto, Ademar, Luiz Antônio, Sérgio Renato e Lúcio Ricardo não puderam viajar

A 35ª Feira do Livro de Santa Cruz e a 1ª Festa Literária Internacional foram canceladas na quinta-feira, 2, diante da falta de condições para a continuidade de eventos no município. As cheias dos rios, com interrupções de estradas e alagamento de regiões inteiras, fez com que a organização optasse por interromper a programação. No entanto, restaram na Praça Getúlio Vargas a estrutura, as 18 bancas e alguns livreiros. Sim. Eles continuam em Santa Cruz, porque não tiveram como retornar para suas casas. 

Por volta das 10 horas de sábado, 4, um exemplo disso podia ser visto. Com o pouco de água que conseguiram, os irmãos Sérgio Renato e Paulo Roberto Medeiros providenciaram um café, que tomavam enquanto comiam pães secos. O primeiro é de Santa Maria e não vê possibilidade de retorno, pois os caminhos que levam até lá estão interrompidos pelas quedas de pontes.

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“Tenho parentes em São Jerônimo, mas também não há como chegar lá”, comenta o livreiro. Enquanto aguardava, saiu do hotel onde estava instalado e conseguiu locar uma quitinete, onde ficam. “É uma forma de baratear, porque conseguimos fazer poucas vendas enquanto a feira funcionou, e agora não podemos comercializar”, diz, ao destacar que foram impossibilitados de vender as obras que estão nas bandas, por interdição do local.

Há 45 anos no ramo literário, participando de feiras há 30, Sérgio vem a Santa Cruz há cerca de uma década para vender livros. “Nunca vivi uma situação destas”, enfatiza. A situação não é pior devido à receptividade do Sesc local. O livreiro conta que foram liberados da inscrição e que o proprietário das estruturas das bancas diminuiu de R$ 1,5 mil para R$ 1 mil o custo.

Enquanto aguarda pela possibilidade de retorno para casa, vai para a praça dar uma espairecida e encontrar alguns colegas, que também não conseguiram voltar para suas cidades. É o caso de Luiz Antônio Cechinato, de Canela, e de Ademar Martins dos Santos, de Porto Alegre, além de Lúcio Ricardo Brum Dávila, que veio com Sérgio para conhecer o município e a estrutura, mas logo voltaria e igualmente acabou “ilhado” em Santa Cruz.

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