A tarde ensolarada e a noite agradável desse domingo, 19, foram propícias para a ênfase do empreendedorismo feminino em Santa Cruz do Sul. A oitava edição da Vênus Feira Feminina & Economia Criativa reuniu dezenas de expositoras, que levaram para os jardins do Proeza Beer diversos produtos e serviços, além de apresentações artísticas e culturais que realçaram o potencial criativo das mulheres do município e da região. A feira foi organizada pela jornalista e fotógrafa Melissa Braga e pela musicista e produtora cultural Francine Stringuini. 

Conforme Melissa, o sentimento é de felicidade por realizar mais uma edição da feira. “Ter apoio e não sentir que é algo só meu, é um coletivo. De pessoas que querem estar juntas, se apoiando e mostrando seus talentos”, destacou. Ainda de acordo com Melissa, as mulheres estão mais fortes no sentido de serem o que elas querem ser. “Isso vai contagiando, transformando e fazendo com que mais desses movimentos brotem”, enfatizou a idealizadora. 

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As amigas Maiana Moraes, 27 anos, e Luiza de Lima, 28, vieram de Sobradinho para vender produtos de seu projeto de arte itinerante Manar, onde são vendidos itens feitos com resina. Elas participam desde a primeira edição da Feira Vênus. “É muito bacana porque, além de reunir mulheres que fazem arte e querem mostrar sua criatividade, traz essa união que está crescendo cada vez mais”, afirmou Maiana. 

Projetos que incentivam as mulheres, como o evento realizado nesse domingo, devem ter maior destaque nos próximos anos, acredita Maiana. “Eu acho muito importante para a cena feminina, ainda mais em Santa Cruz. Ações como essa também fortalecem essa rede empreendedora, e eu acredito ser muito importante para que mais mulheres possam se engajar.” 

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Presente em todas as edições 

Vinda de uma família cheia de artistas mulheres, Vânia Steffens, 38 anos, participou de todas as edições da Feira Vênus. “É um momento de encontro e um espaço com o qual me identifico muito. Gosto de prestigiar esse movimento local da cidade, ainda mais rodeado de empreendimentos femininos”, apontou Vânia. Sua parte favorita é a confraternização, que permite “reencontrar várias pessoas e prestigiar tudo o que a feira oferece”. 

Vânia acredita que o movimento só tende a crescer nos próximos anos. “Cada vez mais eu vejo que chegam muitas pessoas de fora, de várias cidades. Então, está agregando outras mulheres, outros grupos, trazendo novas artes, uma miscelânea de empreendimentos.”

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Moda sustentável 

Júlia Zanette, 33 anos, já havia participado da feira em outras oportunidades, mas apresentou a sua marca de moda sustentável pela primeira vez. Em um espaço repleto de criatividade, Júlia ofereceu peças produzidas à mão em etapas sustentáveis. “Usamos técnicas de tecelagem manual e tingimento natural e tudo dentro de tecidos de algodão orgânico”, explicou. Ela acredita que a ação conjunta de mulheres é uma oportunidade muito boa para exaltar ainda mais os trabalhos realizados. “É uma forma de apresentar para as pessoas, fazer contatos e conhecer outras artes também.”

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