Sem muito tempo para conversas longas – afinal, o movimento no estande era intenso –, o produtor de cerveja artesanal Anderson Souza, 32 anos, provou por que a Feira da Produção, em Vera Cruz, foi e continua sendo uma das propulsoras do seu pequeno negócio. Envolvido entre atender os clientes, servir a cerveja artesanal e explicar as diferenças de tipos e aromas, o vera-cruzense comemorou a realização do evento no município ao longo do fim de semana. Se em 2016 vendeu 500 litros da bebida que produz há pouco mais de um ano, nesta edição finalizou com o dobro. “A procura pela nossa marca aumentou de 30% a 35% após termos participado da feira no ano passado. Não temos dúvidas de que a inserção nesse encontro foi um grande ganho para a divulgação da cerveja”, contou.
Souza: procura pela cerveja aumentou 30% após a feira em 2016. Foto: Lula Helfer.
De fato, os negócios estiveram aquecidos durante a realização da feira. Conforme o secretário de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer, Lucas Dalfrancis, a movimentação financeira do evento fechou em R$ 385 mil. Desse montante, R$ 92 mil ficaram concentrados na área da agroindústria familiar. Não bastasse isso, o público, mesmo com as condições climáticas desfavoráveis no último dia de feira, surpreendeu. “Eram esperadas 20 mil pessoas, mas nos três dias circularam até 25 mil.” Segundo avaliação do prefeito de Vera Cruz, Guido Hoff, esta foi a melhor edição da Feira da Produção em termos de vendas e público. “Só temos a comemorar”, disse.
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E se de um lado a feira contribuiu para alavancar negócios, de outro se apresentou como uma oportunidade de diversão e compras. De Vila Progresso, o casal Alceu e Eliane Tornkist aproveitou a tarde de sábado para visitar os estandes, fazer um lanche colonial e adquirir produtos da feira. Após circular pelos estandes do comércio, a agricultora não deixou escapar uma das delícias por lá vendidas: o chocolate. “Comprei uma caixinha para garantir a sobremesa do domingo”, brincou.
Outro que se deslocou à feira com o intuito de fazer um minirrancho de gostosuras foi Romeu Wietzke, 67 anos. Com encomendas feitas pela esposa, tratou de levar para casa torta, rapadura e pastel frito na hora. “É bom sair de casa, ver o movimento e ainda comprar umas coisinhas boas.”
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