Os 12 sindicatos da Federação dos Caminhoneiros Autônomos (Fecam-RS) decidiram aderir oficialmente à greve nacional proposta pela categoria. A decisão foi tomada após reunião nesta segunda-feira, 21. Protestos e bloqueios nas rodovias gaúchas acontecem desde esta manhã, assim como em outros 15 estados.
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Com o intuito de pressionar o governo, a entidade lançou a campanha “Caminhoneiro, cruze os braços!”, para protestar pela mudança na política de preços do combustível e pela suspensão da cobrança de pedágio do eixo suspenso do caminhão quando vazio.
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O presidente da Fecam-RS, André Luis Costa, afirma que a entidade não apoia bloqueio de rodovias e depredações. O que o sindicado sugere é que os caminhoneiros cruzem os braços e fiquem em casa, sem rodar pelas estradas. O impacto da paralisação afeta, entre outros setores, a indústria da soja, já que a colheita no Brasil, que é o maior exportador global da cultura, recém terminou.
Embora a Fecam-RS apoie a decisão da categoria, Costa afirma que a Federação não lidera a mobilização, pois quem deve debater as reivindicações da categoria junto ao governo federal é a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). A entidade reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos, de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil.
Confira na íntegra a nota divulgada pela Fecam-RS:
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A FECAM-RS, Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio Grande do Sul, por seus doze Sindicatos filiados, vem expor à sociedade e principalmente à Categoria dos Caminhoneiros o que segue: muito embora todos saibamos das condições do transporte nos dias de hoje, pela dificuldade que o caminhoneiro autônomo tem de determinar o valor de seu frete, pelo alto custo do óleo diesel que representa 42% do custo do frete para o caminhoneiro, que nos últimos 12 meses subiu 15,9% no posto. O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobras, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Pela falta de infraestrutura no país, com estradas deterioradas e sem segurança ao transporte, pela dificuldade de receber da empresa contratante o vale-pedágio destacado do valor do frete, pela falta de financiamento possível de ser pago pelo caminhoneiro nas atuais condições do mercado; informamos que os Sindicatos filiados a esta Federação acatam a decisão de paralização da categoria dos Caminhoneiros Autônomos no Estado do Rio Grande do Sul a qual pleiteia os seguintes assuntos da pauta:
– Mudança na política de preços do combustível no País;
– Suspensão de cobrança de pedágio do eixo suspenso do caminhão quando vazio;
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A FECAM-RS por seu Conselho de Representantes comunica igualmente que a ABCAM- Associação Brasileira dos Caminhoneiros, com sede em Brasília-DF é a interlocutora única junto ao Governo Federal para a discussão e intermediação sobre a pauta proposta.
A FECAM-RS está sempre buscando desenvolver para a categoria, ferramentas de gestão que possibilitem ao caminhoneiro melhor entender e gerir o seu negócio, que é o transporte de cargas, e por esse motivo é que atestamos a inviabilidade do exercício de transporte de cargas pelo alto custo e a não garantia de preço do frete.
Assim, a FECAM-RS lança a campanha “Caminhoneiro, cruze os braços !..” num sinal de basta, não é mais possível transportar nesse custo. Essa campanha é uma forma também de dizer a própria categoria, não a violência ao colega ou a quem quer que seja. Apenas cruze os braços, tenhamos paciência pois todos farão o mesmo, mais dia ou menos dia sem ser necessário obriga-los.
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André Costa
Presidente
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