Sou uma pessoa que precisa de silêncio para conseguir ouvir a mim mesma. No dia a dia, o ruído é muito alto, fazendo com que a mente se transforme em um campo de batalha, onde quem vence geralmente são as preocupações. Você pode me perguntar: “quem está do outro lado?” Acho que os sonhos, eu lhe responderei.
Esse espaço de aspirações, desejos, um lugar tão íntimo e vulnerável, que se torna mais concreto quando encontro o silêncio – e isso pode acontecer ouvindo música, conversando com pessoas que me fazem bem, correndo por aí – é de onde surgem forças para continuar, buscando um propósito, que nem sempre é claro.
Sonhar, portanto, é mais do que um simples ato de imaginação; é uma maneira de projetar quem quero ser e o que desejo construir. E para isso é necessário ambição, o que, acredito, tem pouco a ver com dinheiro. É sobre querer alcançar algo, material ou não, a partir do meu próprio esforço e da minha própria determinação; é sobre desenvolvimento pessoal.
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Há que se ter coragem para sonhar e ambicionar, pois o medo está sempre presente, exigindo que continue presa à realidade que conheço. Mas essa realidade faz sentido?
A jornada entre sonhos e propósito pode ser cheia de contradições. Há dias em que o peso das dificuldades me faz questionar o caminho que escolhi; enquanto em outros percebo quão longe cheguei. Cada tropeço e conquista formam as camadas da minha história, lembrando-me de que o propósito não é um ponto de chegada, mas sim a trilha que escolhi percorrer. Ter consciência disso me ajuda a valorizar o processo e não perder o ímpeto de seguir.
O propósito está profundamente enraizado nos valores que carrego. Coerência, empatia e integridade não são apenas palavras bonitas; são princípios que me direcionam mesmo quando as circunstâncias tentam me desviar. Refletir sobre isso me ajuda a realinhar meus passos, especialmente em momentos de incerteza. É como ajustar a bússola antes de prosseguir viagem, garantindo que o caminho escolhido continua a fazer sentido.
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A busca contínua por mais – mais felicidade, mais realização, mais qualidade de vida, mais bem-estar, mais de seja lá o que for que você precise para ser melhor a cada dia – oferece outra coisa muito valiosa: a liberdade. Em um mundo que frequentemente nos encaixota, conforme um padrão inventado sabe-se lá por quem, permitir-me sonhar é uma forma de quebrar as barreiras invisíveis. É lembrar que sou mais do que as circunstâncias que me cercam. Não se trata apenas de planejar metas e cumpri-las, mas de encontrar significado em cada passo dado. Afinal, a verdadeira essência do propósito não está em alcançar um destino, mas em aprender e transformar o ambiente ao meu redor durante o percurso.
Em meio a tudo isso, o desejo de ser autêntica também é combustível. Nos momentos de silêncio é quando encontro minha versão mais pura e as respostas que busco.
Há algo maior me esperando, eu creio, mesmo sem saber o que é. Cada sonho, simples ou grandioso, carrega a promessa de um amanhã diferente e, talvez, melhor. Abraçar essa promessa, com desafios e incertezas, é o que nos torna humanos.
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