O faturamento da indústria caiu 0,2% em julho, em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 1º, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A queda no mês passado foi menos intensa que a registrada em junho (-2,5%). Na comparação com julho de 2014, a queda do faturamento ficou em 6,7%.
Os dados da CNI revelam ainda que a indústria continua a reduzir postos de trabalho: o emprego no setor teve queda de 0,8% em julho, na comparação com junho. Com essa redução, a massa salarial real – que é a soma da remuneração paga ao total de empregados – e o rendimento médio real também caíram 2,5% e 1,6%, respectivamente, entre junho e julho.
Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a queda no emprego é significativa. Ele citou a comparação dos dados de julho deste ano com o mesmo mês de 2014, que registrou queda de 6,3%. Castelo Branco disse ainda que o rendimento de quem se mantém no trabalho tem reposição da inflação, nas negociações salariais, o que impede uma queda maior na renda. “Se por um lado é um aspecto positivo, [por outro lado] isso mostra que os custos da indústria continuam pressionados”, disse. Ele acrescentou que seria preciso um aumento da produtividade para reduzir essa pressão nos custos.
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As horas trabalhadas na produção caíram 2,3% e a indústria operou, em média, com 78,6% da capacidade instalada em julho – queda de 0,9 ponto percentual em relação a junho. “Esse é o maior grau de ociosidade que temos em mais de 10 nos”, acrescentou.
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