A 44ª Expointer foi de sucesso absoluto para o pavilhão da agricultura familiar. No retorno do atendimento ao público de forma presencial, os números superaram as expectativas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Durante os nove dias da feira, o pavilhão da agricultura familiar comercializou o total de R$ 2.827.324,80. O número foi atingido com a participação de 228 empreendimentos divididos em 210 estandes, números menores devido à pandemia, mas superiores aos de 2020, quando as agroindústrias atenderam só no formato drive-thru.
De acordo com a Fetag, muitos expositores consultados se disseram satisfeitos com o retorno obtido durante a Expointer. A feira contou com restrições de público dentro do parque e no interior do pavilhão e não permitiu degustações nos estandes. “Foi um sucesso, devido ao empenho das agroindústrias, que acreditaram na organização da feira e trouxeram muitos produtos novos e de grande qualidade. Os protocolos foram seguidos e o público compareceu dentro das limitações impostas pelos órgãos de saúde, o que nos dá garantias de que podemos seguir com a retomada dos eventos presenciais em todo o Estado”, salientou o presidente da federação, Carlos Joel da Silva.
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) fez uma avaliação da participação na Expointer. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, abriu a coletiva de imprensa classificando a edição deste ano como magnífica. “A expectativa que tínhamos não chegaria a tanto. Tivemos a primeira Expointer com animais não vacinados e as pessoas com vacinação, só esse detalhe já vai ficar na história”, comentou. Porém, salientou que não foram registrados, em relação a valores, nada parecido com 2019. “Até porque não vieram as máquinas. É preciso lembrar que 62% da indústria de máquinas brasileiras está no Rio Grande do Sul, e isso é extremamente relevante para nossa economia”, frisou, recordando que as grandes empresas do setor não participaram em razão de decisão tomada já no início do ano.
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Quanto aos animais, Gedeão destacou a qualidade da exposição. “O show foi dos animais. Semelhante a 2019, especialmente a ovinocultura, que vem crescendo paulatinamente sua participação”, avaliou. Ele reforçou que, mesmo prejudicados pela pandemia, governo estadual e copromotores construíram a Expointer que era possível, e a Farsul teve grande relevância. “Nossa casa albergou grandes acontecimentos. A Expointer é um evento do produtor rural e quem representa o produtor rural é a Farsul”, salientou. O diretor administrativo e coordenador da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, frisou que a venda de animais não foi o principal objetivo da edição. “Foi um ano um pouco diferente na pecuária. Tivemos novidades como a participação de outros estados. A confraternização da nossa pecuária foi uma euforia muito grande. Alguns falam em retomada da economia, vejo como retomada do convívio. Estamos preparando uma Expointer muito grande para 2022 e uma nova possibilidade com outros estados”.
A expectativa do diretor está nas feiras que ocorrerão no interior nos próximos meses. “Este ano foi mais uma vitrine das cabanhas para as feiras de primavera. O sucesso da Expointer nos animais foi a ovinocultura, que já vem crescendo há dois anos crescendo. A tendência é de um mercado aquecido com a saída de reprodutores para outros estados e um roteiro de quase 20 feiras de primavera pelo interior”, disse.
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