Fatal Models

Como introdução, recupero resumidamente minha publicação de maio de 2007, “Profissão 5198”. As informações abaixo foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, mais precisamente na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO (www.mtecbo.gov.br). “

A profissão 5198 também atende pelos títulos de profissional do sexo, garota(o) de programa, meretriz, prostituta, quenga, rapariga, trabalhador do sexo, transexual e travesti, etc. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos. Aptos a contribuintes e direitos do INSS!

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Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, portos e rodovias. Atuam em ambientes a céu aberto, fechados e em veículos, em horários irregulares. Podem estar expostos a intempéries e à discriminação social, além de riscos de contágios, maus-tratos, violência de rua e morte.

Competências pessoais: capacidade de persuasão e expressão gestual, realizar fantasias eróticas, demonstrar paciência, saber ouvir, respeitar o silêncio do cliente, manter sigilo profissional, proporcionar prazer, cuidar da higiene pessoal, conquistar o cliente, demonstrar sensualidade.

Batalham programas sexuais, atendem clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas, administram orçamentos individuais e familiares, observam algumas normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão.

Recursos de trabalho: guarda-roupa de batalha, preservativo masculino e feminino, cartões de visita, documentos de identificação, gel lubrificante à base de água, papel higiênico, lenços umedecidos, acessórios, maquilagem, álcool, telefone celular e agenda.” Repito: www.mtecbo.gov.br.

Recupero esse tema da prostituição a propósito do crescimento e a intensa publicidade de um empreendimento chamado Fatal Models. É uma startup de anúncio de acompanhantes criada em Pelotas (2016). Um site de buscas por profissionais do sexo do Brasil. Segundo maior do mundo (2013).

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Com o crescimento da plataforma, passou a ser controlada pelo Grupo Fatal Model, que também é dono da Deal Talk, Acompanhadas podcast, Fatalmodel.shop, Rooms e Fatalguia (ver Wikipédia).

Popularmente, dizem que é a profissão mais antiga do mundo. Mas se legais a atividade e a opção pessoal, qual a novidade? Ocorre que a “empresa” tem obtido crescente publicidade nos meios de comunicação e no patrocínio de clubes, federações e jogos de futebol, por exemplo, entre outros.

Muitos desses meios de divulgação e comunicação são serviços públicos concedidos, e outros tantos obtêm algum financiamento público para sua atividade e desenvolvimento.

Pergunta. Ainda que publicidade via serviços concedidos (mas não menos públicos!), será socialmente educativo (ver Estatuto da Criança e do Adolescente) e coerente com as tarefas essenciais e prioritárias da administração pública?

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